Curitiba mantém a menor taxa de desemprego do país

Segundo o Ipardes e o IBGE, o índice de maio na Região Metropolitana de Curitiba ficou em 8,4%, enquanto a média brasileira foi de 12,2%
Publicação
13/07/2004 - 00:00
Editoria
A taxa de desemprego da Região Metropolitana de Curitiba, em maio, foi de 8,4%, o que corresponde a 113 mil pessoas desocupadas. Os dados são da Pesquisa Mensal de Emprego, realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Este é o 10º mês consecutivo em que a RMC registra a menor taxa de desemprego do país. A Região Metropolitana de Curitiba tem apresentado sempre um dos menores índices e se mantido abaixo da média das seis regiões pesquisadas pelo IBGE”, afirma o presidente do Ipardes, José Moraes Neto. Em maio, a média calculada entre as regiões pesquisadas pelo IBGE foi de 12,2%. A maior taxa foi constatada na região metropolitana de Salvador, que registrou 16,2%, seguida por São Paulo (13,6%), Recife (13,3%), Belo Horizonte (10,9%), Porto Alegre (9,7%) e Rio de Janeiro (9,6%). A diretora do Centro Estadual de Estatística do Ipardes, Sachiko Araki Lira, explica que a população desocupada na Região Metropolitana de Curitiba no mês de maio ficou 17,5% menor, quando comparada ao mesmo período de 2003. “Em maio de 2003, a taxa de desemprego foi de 10,2%”, aponta. PIA e PEA - A pesquisa do Ipardes estimou em 2,304 milhões o número de pessoas de 10 anos ou mais e que compõe a População em Idade Ativa (PIA). Destas, 58,1% (1,339 milhão) eram economicamente ativas (PEA), e 41,9% (965 mil) eram não-economicamente ativas (PNEA). A relação entre as pessoas economicamente ativas e pessoas em idade ativas, denominada taxa de atividade, foi de 58,1%. Segundo a diretora do Instituto, a População Economicamente Ativa apresentou crescimento de 0,2% em relação a abril. “O número de pessoas nesta condição passou de 1,337 para 1,339 milhão, em maio.”, complementou. Já o número de pessoas ocupadas em maio foi estimado em 1,226 milhão, apresentando decréscimo de 0,1% em relação ao mês anterior. Grupos de atividade - Considerando os grupamentos de atividade, o “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” apresentou no mês de maio redução de 4,2% no número de pessoas ocupadas. O grupo “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais” teve redução de 2,1% de pessoas nesta condição. Também apresentaram diminuição no número de pessoas ocupadas os grupamentos “serviços domésticos” (-1,2%) e “comércio, reparação de veículos automotivos, de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis” (-0,4%). Já os que tiveram aumento no número de pessoas ocupadas foram: “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas”, com crescimento de 3,6% no número de ocupados, “construção civil”, com elevação de 3,3%, e “outros serviços”, que apresentou crescimento de 2,1%. Em relação a maio do ano passado, os grupamentos de atividade que apresentaram aumento no número de pessoas ocupadas foram: “construção civil” (8,0%); “comércio, reparação de veículos automotivos, de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis” (5,9%) e “intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas” (2,8%). Com queda, ficaram: “indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água” (1,3%); “administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais” (2,1%); serviços domésticos (1,2%) e outros serviços (2,0%). Ocupação e Renda Média – A pesquisa do Ipardes revelou que do total de ocupados em maio de 2004, 72,6% estavam na condição de empregados, correspondendo a 890 mil pessoas. Já as que trabalhavam por conta própria somaram 237 mil, o que eqüivale a 19,3% do número total. E 6% estavam na condição de empregadores, o que significa que 74 mil pessoas correspondem a esta condição. Quanto ao rendimento médio real, a diretora do centro de Estatística afirma que as pessoas ocupadas passaram a receber R$ 877,80, valor ligeiramente superior ao recebido em abril (R$ 875,59). “Em comparação ao mesmo período do ano anterior, esse rendimento teve acréscimo de 3%”, complementa.