O deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli, líder do Governo na Assembléia Legislativa, reforçou nesta sexta-feira (19) o convite aos deputados e entidades representativas a participarem na próxima segunda-feira (22) da reunião pública da Frente Ampla pelos Avanços Sociais pela redução das tarifas cobradas nas rodovias pedagiadas no Paraná.
“O último leilão do governo federal em três rodovias federais que cruzam o litoral no Paraná tornou prova cabal que os preços cobrados dos atuais pedágios são mais do que abusivos e comprometem a economia e a produção paranaense. É hora de mobilizar toda a sociedade paranaense para que as tarifas sejam reduzidas imediatamente”, disse Romanelli no convite dirigido aos deputados e entidades. A reunião será às 11h no Plenarinho da Assembléia Legislativa do Paraná.
Romanelli sustenta que o momento é muito oportuno para reduzir a tarifa considerada “abusiva, extorsiva, que sangra a economia paranaense, prejudica o corredor de soja, cria todas as dificuldades na economia”. “Temos agora o resultado de uma licitação aberta. Se observamos todos os sete trechos no Brasil inteiro, nenhuma delas chega a custar um terço do pedágio cobrado no Paraná”.
APOIO - A campanha pela redução da tarifa já conta com apoio de senadores, deputados estaduais e federais, de partidos políticos (PMDB, PT, PCdoB, PR, PTB, PV, PSB, PDT) e de entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), UPE (União Paranaense dos Estudantes), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Senge (Sindicato dos Engenheiros do Paraná),
E mais: a UNE (União Nacional dos Estudantes), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Fetropar (Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários), Upes (União Paranaense de Estudantes Secundaristas), Fórum Popular contra o Pedágio, Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), entre outras.
“O recente leilão das rodovias federais comprovou o que toda população já sentia no bolso há algum tempo: o abuso nos preços das tarifas praticadas pelas concessionárias. Nós motoristas e trabalhadores em transportes rodoviários em geral somos afetados diretamente por essas tarifas, uma vez que elas influenciam no preço dos transportes – fator crucial das nossas negociações salariais”, disse Epitácio Antonio dos Santos, presidente da Fetropar.
O presidente do Senge, Ulisses Kaniak, também argumenta que os leilões dos trechos federais resultaram em preços de tarifas muito desproporcionais aos valores que pagos no Paraná. “Já passou da hora desses preços serem revistos”, disse.
“Somos contra o pedágio. Mas os leilões desmascararam as concessionárias no Paraná e agora é hora dos trabalhadores lutar por, pelo menos, a redução imediata das tarifas. Aderimos a frente e vamos derrubar esses preços praticados”, disse o presidente da UGT, Carlos Zimmer.
ROUBÁGIO – O governador Roberto Requião reafirmou nesta quinta-feira (18) que os leilões do governo federal comprovaram definitivamente que os preços cobrados estão exorbitantes. “Nós estamos num impasse. Tem um pedágio no Brasil que é um roubágio, não é pedágio. No Paraná, no ano passado, os concessionários arrecadaram cerca de R$ 740 milhões e investiram cerca de R$ 140 milhões. Os outros R$ 600 milhões desapareceram”, disse.
Em números gerais, enquanto que no Paraná as tarifas, para carros, variam entre R$ 4,3 e R$ 10,9, os três trechos de vias federais concessionados no Estado vão ter valores de R$ 1,02 até R$ 2,54.
Cresce adesão à campanha pela redução do pedágio no Paraná
Reunião pública da Frente Ampla pelos Avanços Sociais pela diminuição das tarifas será realizada segunda-feira (22) na Assembléia Legislativa
Publicação
19/10/2007 - 15:44
19/10/2007 - 15:44
Editoria