Crédito retoma competitividade do café do Paraná em São Paulo

Com o crédito presumido, autorizado pelo governador Roberto Requião, as indústrias paranaenses passam a pagar os mesmos 7% nas vendas para São Paulo
Publicação
09/03/2007 - 17:32
Editoria
O governador Roberto Requião assinou decreto que concede crédito presumido no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado na venda de café beneficiado no Paraná ao estado de São Paulo. A medida visa restaurar a competitividade do café paranaense no mercado paulista, prejudicada desde o início do ano passado pela redução do ICMS que incide em São Paulo sobre os artigos da cesta básica. “A alíquota do ICMS cobrada sobre o café passou a 7% em São Paulo, mas continua em 12% para operações interestaduais. Assim, as empresas do Paraná ficaram em desvantagem em relação às paulistas”, explica o secretário da Fazenda, Heron Arzua. “Com o crédito presumido, as indústrias paranaenses passam a pagar os mesmos 7% nas vendas para São Paulo. Estamos restaurando as condições de igualdade para nossas empresas.” O texto do decreto estende o crédito presumido aos fabricantes de café torrado em grão, moído e descafeinado. “A medida atende a cerca de 60 empresas”, estima Arzua. Atualmente, 80% do café produzido no Paraná é vendido a outros estados ou exportado. O secretário-geral do Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Paraná, Evaldo Wachelke, destacou a medida. “O crédito presumido recompõe a carga tributária líquida e torna o café do Paraná novamente competitivo em São Paulo”, afirma Ainda segundo o secretário, indústria paranaense sofreu com a redução do ICMS em São Paulo. “Houve prejuízos”, diz Wachelke. “O imposto mais baixo tornou o café produzido por lá mais barato e, logo, mais interessante para os comerciantes paulistas”. São Paulo é o maior produtor brasileiro de café. O crédito presumido autorizado pelo governador Roberto Requião permite que as indústrias paranaenses também ofereçam preços menores, retomando a competitividade de seus produtos. “A partir de agora, teremos condições de fazer frente aos preços cobrados pelas indústrias paulistas”, prevê Wachelke.

GALERIA DE IMAGENS