Corregedoria apura cumprimento de plantões médicos em hospitais públicos

Trabalho começou no último dia 19 em quatro unidades cujos corpos clínicos somam mais de 400 especialistas
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25/01/2010 - 18:50
Editoria
A Corregedoria do Estado do Paraná está visitando hospitais da rede pública para apurar o cumprimento das escalas de plantões pelos médicos. O trabalho começou no último dia 19, em quatro unidades — Hospital Regional do Litoral , Hospital do Trabalhador, Hospital Colônia Adauto Botelho e Centro Hospitalar de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier. Juntos, eles têm corpos clínicos formados por mais de 400 especialistas. A vistoria é um pedido do governador Roberto Requião para evitar casos de falsificação em folhas de frequência, que levaram a antiga Santa Casa de Paranaguá e pagar por plantões não realizados por médicos. Equipes da Corregedoria visitaram os hospitais no último dia 19, uma terça-feira, e pediram ao diretor ou responsável pelas unidades a escala de médicos e plantonistas do dia. No Hospital do Trabalhador e no Adauto Botelho, os técnicos da Corregedoria não encontraram problemas. Os médicos escalados estavam presentes, ou haviam justificado a ausência. Além disso, a escala de trabalho estava afixada em local visível, e sob supervisão dos coordenadores de cada área. No Centro Hospitalar de Reabilitação, os médicos escalados estavam presentes, ou tiveram a ausência devidamente justificada. Entretanto, ainda não havia escala elaborada para o dia, o que “transpareceu uma certa deficiência de controle”, anotaram os técnicos em seu relatório. Leia o documento, entregue ao governador Roberto Requião e ao secretário da Saúde, Gilberto Martin, no arquivo anexado a esta página. Os maiores problemas foram encontrados no Hospital Regional do Litoral, antiga Santa Casa de Paranaguá. Seis médicos não estavam presentes no momento da vistoria, realizada às nove horas da manhã — todos se apresentaram posteriormente, segundo o documento da Corregedoria. Além disso, “a equipe encontrou uma certa dificuldade em atestar o comparecimento dos médicos, pois as escalas não se encontravam visíveis nos respectivos setores”, escreveram os funcionários da Corregedoria. A VISTORIA — “A coleta de dados apurou o cumprimento dos plantões presenciais e dos realizados à distância, para nos certificarmos de que os médicos estavam realmente à disposição das instituições em que atuam”, explicou o corregedor e ouvidor Luiz Carlos Delazari. “Trata-se de uma ação preventiva, que tem como meta a preservação do patrimônio público e a garantia de bons serviços prestados à população, além da manutenção dos princípios da legalidade e da moralidade na administração pública”, disse ele. A Corregedoria é um setor da Secretaria Especial de Corregedoria e Ouvidoria Geral.

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