Corredor Oeste é meta do Paraná no Plano Nacional de Transportes

Ferrovia que ligará o Mato Grosso do Sul, Guaíra, Cascavel, Guarapuava a Paranaguá foi defendida pelo governo do Estado
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10/09/2007 - 16:56
Editoria
O Paraná reivindicou ao Ministério dos Transportes a inclusão do projeto de construção do Corredor Oeste – ferrovia que ligará o Mato Grosso do Sul, Guaíra, Cascavel, Guarapuava a Paranaguá – no Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT). O PNLT apresentado ao Governo do Paraná, nesta segunda-feira, prevê investimentos de R$ 2,9 bilhões no setor ferroviário do Estado até 2023. “Os valores estão adequados às nossas necessidades, mas, na visão do Governo do Estado, estão mal distribuídos”, afirmou o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes ao explicar o projeto ao Secretário Nacional de Política de Transportes, Marcelo Perrupato. Segundo Gomes, o Paraná – em conjunto com o Mato Grosso do Sul – propõe que os R$ 2,9 bilhões previstos no Plano Nacional sejam concentrados em obras que possam consolidar o Corredor Oeste. “É o grande projeto estruturante para o Paraná e para o Mato Grosso do Sul”, reforçou Gomes. Pela proposta paranaese, a ligação entre Guaíra e Paranaguá vai ter 814 quilômetros de extensão e vai ficar até 164 quilômetros menor do que as duas apresentadas no PNLT. “Será estabelecido um eixo ferroviário que vai possibilitar viagens mais curtas e rápidas, atração de novas cargas e por conseqüência diminuição dos custos do transporte”, acrescentou. Ainda como reflexo da construção do Corredor Oeste estão a melhoria das condições das cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no centro do Estado, o fortalecimento do Porto de Paranaguá e a diminuição do tráfego pesado nas estradas da região. FASES - Os investimentos na ferrovia foram divididos em três etapas. No primeiro momento, as obras devem se concentrar na construção da ferrovia entre Guarapuava, Irati, Engenheiro Bley e Curitiba. Na seqüência, os esforços serão aplicados na construção da segunda ligação férrea entre Curitiba e Paranaguá e na ampliação da malha ferroviária no sentido Oeste com a construção das ligações entre Cascavel e Guaíra, Guaíra e Maracajú (MS) e Cascavel e Foz do Iguaçu. Na etapa final, os investimentos prevêem mais duas ligações ferroviárias: a conexão entre Guarapuava e o Sudoeste (Pato Branco) e a ligação entre Campo Mourão – Cascavel. “Isto tudo pode ser executado dentro dos valores estipulados pelo PNLT. Se trata apenas de redistribuir os valores e fazer mais rápido do que está previsto”, finalizou o presidente da Ferroeste.