O Governo do Paraná entregou nesta quinta-feira (21) 188 casas para famílias de baixa renda de Cornélio Procópio. As cerca de 940 pessoas vão pagar prestações que variam entre R$ 37,00 e R$ 80,00 mensais, definidas de acordo com a renda familiar, em seis anos (72 meses). As moradias, que receberam investimentos de R$ 2,5 milhões, foram construídas pelo sistema PSH/Companhia de Habitação do Paraná, com subsídio do Governo estadual. O presidente da Cohapar, Rafael Greca, que vistoriou as obras, junto com o diretor da Companhia, Eduardo Quezada, em junho deste ano, ressaltou a importância das parcerias do governo do Estado com prefeituras para impulsionar os índices sócio-econômicos do Paraná. “Estas 188 casas de Cornélio Procópio refletem a importância da atuação do governador Roberto Requião para a mais importante conquista de uma família, a casa própria. Esta conquista só foi possível graças à iniciativa da prefeitura, que doou a área para a Cohapar, e do governador que atua de forma integrada para levar uma vida digna à população. Nosso lucro está aqui ao ver a vida destas famílias melhorar a cada dia”, completou Greca. Representando o Governo do Paraná, o deputado e líder do governo na Assembléia Legislativa, Luiz Cláudio Romanelli, disse que o residencial Pioneiro João Rocha é mais uma das grandes obras do governador Requião no interior. “É uma demonstração de respeito do governo para com a população do município. É um conjunto habitacional moderno e feito para atender aqueles que mais precisam. A parceria desenvolvida pela Cohapar, com a prefeitura, tornou possível a realização desse grande empreendimento. É um exemplo de programa habitacional bem sucedido”. De acordo com Romanelli, o governo enfrenta o grande desafio que é o de superar o problema da desigualdade social. “Por isso os programas habitacionais são fundamentais para podermos superar esse modelo de exclusão social. A superação da desigualdade social passa pela construção da moradia, porque oferece condições de dignidade para a vida de uma família por conta da oportunidade dela sair do aluguel ou de uma condição de vida precária”. Segundo o deputado é nisso que o governo está investindo. “Os anos de 2009 e 2010 já foram decretados pelo governador Requião como sendo o período da habitação. Então nós teremos, além de tudo que já está sendo feito, dois anos ainda mais prósperos para a habitação pela”, garantiu. O prefeito em exercício Arnoldo Marty Junior classificou o empreendimento de 188 moradias como sendo uma grande obra do governo para o município de Cornélio Procópio, construído através da Cohapar. “Para a cidade, esse volume de moradias, num só conjunto, representa um verdadeiro bairro que vai abrigar famílias de baixa renda que precisam de uma moradia digna. Aqui a partir de agora começa uma nova história. Além disso, essas famílias também serão beneficiadas pelos programas da luz e da água, do governo do Paraná”. As casas de 40 metros quadrados, totalmente em alvenaria e forradas, possuem padrões arquitetônicos diferenciados e pintura escolhida pelo mutuário. Possuem dois quartos, sala, cozinha com pia de louça, banheiro com chuveiro e louça sanitária, varanda e uma pequena área de serviço com a instalação do tanque. As prestações variam entre R$ 37,00 e R$ 80,00 mensais, definidas de acordo com a renda familiar, serão pagas num período de seis anos. INDEPENDÊNCIA – A casa própria para o aposentado José Benedito Cantídio, 57 anos, significa sua independência. Há 30 anos ficou paraplégico em decorrência de uma arma de fogo que atingiu sua coluna. “De lá para cá, tenho vivido de favor na casa de parentes”. No quarto de 2 x 3 metros, sem divisória, ele se divide entre uma cama, cômoda e banheiro, construído por ele mesmo no quintal de uma sobrinha. “Pago aqui R$ 200,00 por mês”, conta José, argumentando que não vê a hora de mudar para a casa nova. “Para mim, o mais importante é sair dessa condição humilhante de morar de favor”. A casa que José vai morar foi construída e adaptada para sua situação de cadeirante, com rampas de acesso, portas mais largas e proteção no banheiro. “Nunca tive isso, sempre vivi em casa com padrão normal. Vai facilitar muito minha locomoção, além da segurança de estar no meu canto”. Doméstica há 13 anos, Joselidia Ferreira de Lima, 47 anos, viúva há 15, teve que lutar muito para criar os sete filhos sozinha. Há 22 anos ela foi beneficiada com uma pequena casa, de um total de 30, construídas por uma congregação da Igreja Católica Alemã, para ajudar famílias carentes. É uma pequena vila que perdeu a função real da proposta inicial e hoje, sem administração, sofre com problemas semelhantes de uma favela urbana. “Sempre lutei para não deixar faltar nada aos meus filhos e nunca deixei de sonhar em ter minha casa própria. Os meus filhos hoje estão grandes e já ajudam. Só faltava a minha casa. Nunca perdi a esperança e agora estou me realizando. Morar no que não nos pertence é nunca ter certeza do amanhã. Depois que mudar para minha casa, se alguém me perguntar o endereço, eu tenho. É meu”, diz Jeselídia.