O jogo do último sábado (14) entre Coritiba e Figueirense pelo Campeonato Brasileiro da Série B foi muito especial para quatro torcedores entre os mais de 30 mil que estiveram presentes ao Estádio Couto Pereira. Maeli Silva Santos, 11 anos, Estrugildo Hannemann, 61, Léo Willian David Junior, 11, e Felipe Gomes, 19, são transplantados e contaram com a sensibilidade de famílias que viram na doação de órgãos uma maneira de fazer o bem a quem tanto precisava.
Convidados pela Central de Transplantes do Paraná, órgão vinculado a Secretaria de Estado da Saúde, a presença deles foi possível graças à parceira entre a Sesa e os principais clubes de futebol do Paraná e teve como objetivo sensibilizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos. “Nesta campanha que conta com a ajuda do Coritiba, Atlético e Paraná, esperamos conscientizar as pessoas da importância da doação de órgãos e dessa forma ampliar o número de transplantes no Estado”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Carlos Moreira Junior.
De acordo com o secretário, dos estados do Sul, o Paraná é o que menos realiza transplantes. “Para mudar isso, pensamos em iniciativas como esta contando com o apoio dos clubes na torcida pela vida”. A campanha de doação de órgãos “Sou doador com muito orgulho com muito amor”, que remete a canção “Sou Brasileiro” foi lançada na Escola de Governo, no dia 19 de outubro. O autor do verso Nelson Biasoli cedeu gentilmente de forma gratuita os direitos autorais da música que é comumente cantada por brasileiros em arquibancadas de diversos esportes.
No último dia 5 de novembro, Moreira reuniu-se com os representantes das torcidas organizadas de Coritiba, Atlético e Paraná pedindo que apoiassem a campanha durante os jogos da equipe na reta final do Campeonato Brasileiro. “Sabemos da importância da doação de órgãos e esperamos que todos os torcedores do Coritiba colaborem conosco”, disse o presidente da torcida Império Alviverde (Coritiba), Luiz Fernando Correia (Papagaio), no dia da reunião.
Como parte de divulgação, a Sesa juntamente com a torcida organizada do Coritiba distribuiu materiais informativos sobre a doação de órgãos antes durante e depois do jogo. “Eram panfletos com perguntas e respostas com o objetivo de esclarecer as pessoas que desejam doar órgãos sobre a relevância do tema”, explicou a diretora da Central de Transplantes, Schirley Batista Nascimento.
GESTO DE AMOR - Com 61 anos e quatro filhos, o aposentado Estrugildo Hannemann, foi uma das pessoas que contaram com a sensibilidade de uma família de Paranaguá que viu na doação de órgãos a possibilidade de salvas outras vidas. “É triste pensar que uma pessoa teve que morrer para eu poder estar vivo, mas tenho certeza que Deus abençoará muito essa família pela atitude que teve”, comenta.
Hannemann fez a cirurgia de transplante há três anos e hoje leva uma vida normal. “Não deixo de comer nada e faço tudo que gosto. Apenas realizo, anualmente, exames para ver se esta tudo bem com o coração”, conta.
O aposentado, torcedor do Coritiba, comemorou não apenas a vitória do clube e a ascensão e elite do futebol brasileiro, mas a possibilidade de estar vivo e ainda fez questão de fazer um pedido a toda a todos. “Que vejam a importância de doar órgãos. É dar a oportunidade a aqueles que tanto necessitam uma nova chance de viver. Para aqueles que perderam um familiar, que vejam na doação a possibilidade desta pessoa estar viva de alguma forma no corpo de outra”.
Outro exemplo é do pai Irineu Jesus Santos, 41, que doou um de seus rins para a filha, Maeli Silva Santos, de 11 anos. Nascida com um problema renal, em fevereiro de 2011 completa dois anos que o transplante foi realizado. “Quando descobri que tinha compatibilidade para doar e salvar a vida da minha filha, quis fazer imediatamente o transplante”, lembra.
Santos conta que mesmo sem um dos rins não alterou nada em sua vida. “Trabalho normalmente, meu corpo é o mesmo. Sinto-me muito melhor hoje do que antes. Tive a sorte de poder doar e dessa forma diminuir a espera dela por um órgão. Para aqueles que estão na fila, que confiem em Deus e tenham fé porque ele a de ajudar”, concluiu.
FILA DO TRANSPLANTES - Atualmente, estão na fila de espera por um transplante no Paraná 2635 pessoas. Segundo levantamento feito pela Central de Transplantes cerca de 65% das pessoas estão dispostas a doar órgãos e 99% gostariam de receber se precisassem. Em 2010, até o final de outubro, foram realizados 998 transplantes de entre órgãos e córneas.
Outras ações como a implantação de seis Organizações de Procura de Órgãos (OPOS), em Curitiba, na Região Metropolitana, Cascavel, Londrina, Ponta Grossa e Maringá também auxiliarão no aumento do transplante de órgãos. As OPOS têm como objetivo servir de ponte entre as comissões internas dos hospitais e a Central de Transplantes, ajudando na identificação de possíveis doadores, na abordagem das famílias e na manutenção desses doadores até o transplante. Cada OPOS conta com um médico coordenador, seis enfermeiros e dois funcionários para funções administrativas.
Além disso, recentemente foram credenciados novos hospitais para a realização de transplantes. O Hospital Universitário de Londrina, credenciado para transplante de medula óssea e de pele, Hospital Pequeno Príncipe que foi credenciado para transplante de medula óssea, Hospital de Olhos foi credenciado e terá seu próprio banco de olhos e o Hospital Evangélico de Curitiba credenciado para transplante de pele.
“De 2003 a 2009 o número de transplantes cresceu 66% no Paraná. Precisamos aumentar muito mais e para isso vamos fazer tudo que estiver a nosso alcance para que o tempo de espera das pessoas na fila seja cada vez menor”, concluiu o secretário
Esta é a segunda vez que o Governo e os clubes de futebol se unem para realizar uma grande campanha. A primeira foi em 2008, na vacinação contra a Rubéola, no qual o Estado do Paraná atingiu um dos maiores índices de vacinação do Brasil entre os homens de 20 a 39 anos.
Convidados pela Central de Transplantes do Paraná, órgão vinculado a Secretaria de Estado da Saúde, a presença deles foi possível graças à parceira entre a Sesa e os principais clubes de futebol do Paraná e teve como objetivo sensibilizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos. “Nesta campanha que conta com a ajuda do Coritiba, Atlético e Paraná, esperamos conscientizar as pessoas da importância da doação de órgãos e dessa forma ampliar o número de transplantes no Estado”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Carlos Moreira Junior.
De acordo com o secretário, dos estados do Sul, o Paraná é o que menos realiza transplantes. “Para mudar isso, pensamos em iniciativas como esta contando com o apoio dos clubes na torcida pela vida”. A campanha de doação de órgãos “Sou doador com muito orgulho com muito amor”, que remete a canção “Sou Brasileiro” foi lançada na Escola de Governo, no dia 19 de outubro. O autor do verso Nelson Biasoli cedeu gentilmente de forma gratuita os direitos autorais da música que é comumente cantada por brasileiros em arquibancadas de diversos esportes.
No último dia 5 de novembro, Moreira reuniu-se com os representantes das torcidas organizadas de Coritiba, Atlético e Paraná pedindo que apoiassem a campanha durante os jogos da equipe na reta final do Campeonato Brasileiro. “Sabemos da importância da doação de órgãos e esperamos que todos os torcedores do Coritiba colaborem conosco”, disse o presidente da torcida Império Alviverde (Coritiba), Luiz Fernando Correia (Papagaio), no dia da reunião.
Como parte de divulgação, a Sesa juntamente com a torcida organizada do Coritiba distribuiu materiais informativos sobre a doação de órgãos antes durante e depois do jogo. “Eram panfletos com perguntas e respostas com o objetivo de esclarecer as pessoas que desejam doar órgãos sobre a relevância do tema”, explicou a diretora da Central de Transplantes, Schirley Batista Nascimento.
GESTO DE AMOR - Com 61 anos e quatro filhos, o aposentado Estrugildo Hannemann, foi uma das pessoas que contaram com a sensibilidade de uma família de Paranaguá que viu na doação de órgãos a possibilidade de salvas outras vidas. “É triste pensar que uma pessoa teve que morrer para eu poder estar vivo, mas tenho certeza que Deus abençoará muito essa família pela atitude que teve”, comenta.
Hannemann fez a cirurgia de transplante há três anos e hoje leva uma vida normal. “Não deixo de comer nada e faço tudo que gosto. Apenas realizo, anualmente, exames para ver se esta tudo bem com o coração”, conta.
O aposentado, torcedor do Coritiba, comemorou não apenas a vitória do clube e a ascensão e elite do futebol brasileiro, mas a possibilidade de estar vivo e ainda fez questão de fazer um pedido a toda a todos. “Que vejam a importância de doar órgãos. É dar a oportunidade a aqueles que tanto necessitam uma nova chance de viver. Para aqueles que perderam um familiar, que vejam na doação a possibilidade desta pessoa estar viva de alguma forma no corpo de outra”.
Outro exemplo é do pai Irineu Jesus Santos, 41, que doou um de seus rins para a filha, Maeli Silva Santos, de 11 anos. Nascida com um problema renal, em fevereiro de 2011 completa dois anos que o transplante foi realizado. “Quando descobri que tinha compatibilidade para doar e salvar a vida da minha filha, quis fazer imediatamente o transplante”, lembra.
Santos conta que mesmo sem um dos rins não alterou nada em sua vida. “Trabalho normalmente, meu corpo é o mesmo. Sinto-me muito melhor hoje do que antes. Tive a sorte de poder doar e dessa forma diminuir a espera dela por um órgão. Para aqueles que estão na fila, que confiem em Deus e tenham fé porque ele a de ajudar”, concluiu.
FILA DO TRANSPLANTES - Atualmente, estão na fila de espera por um transplante no Paraná 2635 pessoas. Segundo levantamento feito pela Central de Transplantes cerca de 65% das pessoas estão dispostas a doar órgãos e 99% gostariam de receber se precisassem. Em 2010, até o final de outubro, foram realizados 998 transplantes de entre órgãos e córneas.
Outras ações como a implantação de seis Organizações de Procura de Órgãos (OPOS), em Curitiba, na Região Metropolitana, Cascavel, Londrina, Ponta Grossa e Maringá também auxiliarão no aumento do transplante de órgãos. As OPOS têm como objetivo servir de ponte entre as comissões internas dos hospitais e a Central de Transplantes, ajudando na identificação de possíveis doadores, na abordagem das famílias e na manutenção desses doadores até o transplante. Cada OPOS conta com um médico coordenador, seis enfermeiros e dois funcionários para funções administrativas.
Além disso, recentemente foram credenciados novos hospitais para a realização de transplantes. O Hospital Universitário de Londrina, credenciado para transplante de medula óssea e de pele, Hospital Pequeno Príncipe que foi credenciado para transplante de medula óssea, Hospital de Olhos foi credenciado e terá seu próprio banco de olhos e o Hospital Evangélico de Curitiba credenciado para transplante de pele.
“De 2003 a 2009 o número de transplantes cresceu 66% no Paraná. Precisamos aumentar muito mais e para isso vamos fazer tudo que estiver a nosso alcance para que o tempo de espera das pessoas na fila seja cada vez menor”, concluiu o secretário
Esta é a segunda vez que o Governo e os clubes de futebol se unem para realizar uma grande campanha. A primeira foi em 2008, na vacinação contra a Rubéola, no qual o Estado do Paraná atingiu um dos maiores índices de vacinação do Brasil entre os homens de 20 a 39 anos.