Copel vence leilão para venda de energia elétrica para Cemig

Eletricidade que estará descontratada será entregue a partir de 2013
Publicação
30/05/2008 - 18:30
Editoria
A Copel vai vender parte da eletricidade que produz para a Cemig, concessionária estatal controlada pelo governo de Minas Gerais. A transação é resultado de um leilão de compra de energia promovido no final de abril pela empresa mineira e que foi vencido pela Copel. Os contratos – um para a venda de 300 megawatts médios e entrega durante o ano de 2013 e outro, de 250 megawatts médios, para entrega de 2014 até 2017 – não tiveram seus valores revelados em razão da existência de cláusula de confidencialidade, mas o presidente da Copel, Rubens Ghilardi, garantiu tratar-se de “um bom negócio para ambas as partes”. Os compromissos já foram assinados e também devidamente homologados pela Aneel, a agência que regula o funcionamento do setor elétrico brasileiro. Os blocos de energia negociados pela Copel são parte da sua energia assegurada que estará descontratada – portanto, liberada para comercialização – a partir de 31 de dezembro de 2012. Até lá, 100% da energia firme da estatal paranaense, que chega a quase 2 mil megawatts médios, está comprometida por força de contratos com 8 anos de duração iniciados em janeiro de 2005. “Com o término desses contratos, a Copel terá uma significativa parcela de suas disponibilidades liberada para negociação a partir de 2013”, explicou Ghilardi. “Assim, estamos procurando obter a maior rentabilidade possível dos nossos ativos e a negociação de energia no mercado de consumidores livres é, hoje, a alternativa mais interessante”. Conforme as regras vigentes no setor elétrico brasileiro, as empresas produtoras de energia elétrica – como a subsidiária de geração e transmissão da Copel – podem negociar suas disponibilidades de duas formas: no mercado para atendimento de consumidores livres, onde os contratos normalmente são de curto prazo, ou no chamado ambiente regulado, onde as distribuidoras compram a eletricidade necessária para o atendimento de seu mercado cativo. “Tendo em vista o expressivo crescimento do consumo de energia elétrica no país e a constatação de que a expansão da oferta não está se dando no mesmo ritmo, a tendência do preço da eletricidade é de alta no mercado de médio prazo”, avaliou o presidente da Copel. “Diante dessa realidade, estamos buscando o melhor resultado possível em termos de retorno financeiro aos investimentos feitos na construção de usinas, atendendo aos interesses da empresa e da população paranaense”, finalizou.

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