A Copel vai retomar a prática de conceder aos consumidores pontuais no pagamento da conta de luz um desconto equivalente ao reajuste tarifário recentemente autorizado pela Aneel.
Essa decisão, a ser levada à preciação da Assembléia Geral de Acionistas convocada para tratar do assunto no dia 23 de julho, garantirá aos 3,5 milhões de consumidores servidos pela Copel o privilégio de ter reajuste zero nas faturas de energia elétrica.
“O mecanismo é o mesmo que foi utilizado pela empresa entre 2003 e 2006, que manteve em poder da população e circulando na economia paranaense cerca de R$ 1,3 bilhão”, ilustrou o presidente da Copel, Rubens Ghilardi.
“Seguindo a orientação do governador Roberto Requião, vamos incorporar à nossa tabela de preços o reajuste médio de 12,98% oficializado pela Aneel, mas para os consumidores que pagam sua conta de luz em dia – e que são a grande maioria entre os 3,5 milhões de clientes da Copel – o impacto será integralmente neutralizado pelo desconto concedido”, completou o presidente.
Ghilardi explicou que em razão do momento de instabilidade decorrente dos efeitos da crise econômica internacional, a Copel solicitou à Aneel a postergação do reajuste de suas tarifas, mas o pleito não foi aprovado.
“Estamos reiterando o pedido, esperando que a Agência reveja a decisão em vista das bases e dos objetivos expostos em nossa argumentação”, informou o presidente.
Até que haja uma decisão final da Aneel a respeito, a Copel decidiu voltar a conceder a seus consumidores adimplentes um desconto em percentual equivalente ao valor resultante do reajuste, de forma a neutralizar seus efeitos.
“Com essa medida, o Governo do Paraná e a Copel estão protegendo o poder de compra da população, ampliando a competitividade da economia do Estado, preservando postos de trabalho e incentivando a vinda de novos empreendimentos que queiram se beneficiar da menor tarifa de energia elétrica do país”, concluiu Rubens Ghilardi.
Conforme resolução da Aneel, a Copel foi autorizada a elevar suas tarifas a partir de 24 de junho em diferentes percentuais. Para as indústrias e grandes estabelecimentos comerciais, o reajuste concedido variou entre 14,39% e 18,44%, dependendo do nível de tensão de atendimento. Para todos os demais consumidores, que são atendidos em baixa tensão, o reajuste autorizado ficou em 11,5%.