Copel vai à escola ensinar como evitar acidentes com eletricidade

Mais de 130 mil estudantes do ensino fundamental terão aula sobre segurança no uso da eletricidade, ao longo do ano, com voluntários da Copel
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28/03/2007 - 10:09
Editoria
Por que os passarinhos não levam choque quando pousam no fio de luz? Por que não se deve mexer na chave do chuveiro quando ele está ligado? Por que é muito perigoso brincar de empinar papagaio perto das redes elétricas? Para esclarecer essas e outras perguntas bem próprias do público infantil, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) está reiniciando o seu Programa de Prevenção de Acidentes com Energia Elétrica, cujo público são crianças matriculadas nas escolas da rede pública do ensino fundamental. Ao longo do ano letivo, um contingente de 650 empregados da Copel, todos voluntários e com as mais variadas formações profissionais, irão visitar cerca de 1.300 escolas para levar conhecimento, informação e recomendações sobre o uso seguro da eletricidade a mais de 130 mil crianças. “Esse trabalho de conscientização é da maior importância, já que nem sempre as situações de risco de acidentes com choque elétrico são claramente identificadas pelas pessoas, independentemente da idade que tenham”, avalia o diretor de distribuição da Copel, Ronald Ravedutti. Segundo ele, “as crianças são agentes estratégicos para a propagação das mensagens de segurança, pois além de extremamente receptivas, elas também são persuasivas, repassando e cobrando dos adultos em casa comportamentos que evitem o risco de um acidente com energia elétrica”. Os instrutores voluntários da Copel passam em torno de uma hora conversando com os alunos explicando o que é a eletricidade, as facilidades e o conforto que ela proporciona, e os perigos que ela pode trazer aos desatentos ou descuidados. Além de recursos como transparências e slides, os instrutores ilustram e reforçam as orientações de segurança distribuindo às crianças o kit-escola, um conjunto didático desenvolvido e produzido pela Coordenação de Marketing da Copel, que ajuda a fixar os conceitos e recomendações transmitidos em sala de aula. O kit-escola é composto por caderno, régua, cartilha para colorir e jogo da memória. “Vale ressaltar que os próprios professores da rede estadual de ensino contribuem para ampliar a eficácia da iniciativa, repercutindo nas atividades em sala de aula para melhor fixação, o conteúdo das palestras da Copel”, acrescenta Ronald Ravedutti. Esse apoio é parte do projeto Anjos da Escola, uma parceria com a Secretaria da Educação que, entre outras ações, permite aos pais ou responsáveis por alunos ou cidadãos interessados em ajudar a melhorar e aprimorar a escola pública da sua comunidade, usem a conta de luz para contribuir com a Associação de Pais e Mestres do educandário. Voluntariado - Viviane Soares Bender Vaz é formada em análise de sistemas e trabalha no Centro de Operação da Geração da Copel, área que coordena e supervisiona em Curitiba o funcionamento de todas as grandes hidrelétricas da Companhia. Há mais de dois anos Viviane atua como voluntária no Programa de Prevenção de Acidentes, fazendo palestras sobre segurança com energia elétrica para crianças nas escolas. A partir desta semana, e sempre que seus afazeres na Copel lhe permitirem dispor de um tempo livre durante o dia, –ela volta a se dedicar a conversar e esclarecer pequenos consumidores de energia, com idades entre nove e 12 anos, sobre os riscos de acidente que a eletricidade oferece. “Como o assunto é totalmente novo para muitos, antes de falar em segurança explico onde e como a energia elétrica é produzida e de que forma ela chega até nossas casas”, relata. Para ela, o exercício desse voluntariado “é gratificante, porque a gente percebe pela atenção, curiosidade e participação das crianças que a informação, tão necessária, está sendo absorvida e será efetivamente praticada por elas”, diz Viviane. Enquanto ensina o que é eletricidade e como evitar acidentes com ela, Viviane incentiva a participação dos alunos, motivando-os a relatar episódios ou situações de risco que já tenham observado. “É interessante ouvir essas narrações, pois elas retratam diferentes realidades”, diz ela. Conforme a região onde está situada a escola e a comunidade que ela atende, podemos aprender muito sobre a qualidade de vida e principais necessidades daquela população, diz a voluntária. Segundo ela, enquanto nas escolas próximas dos centros urbanos os alunos perguntem muito sobre o risco de choque elétrico com computadores, nas escolas mais afastadas, que atendem a comunidades da periferia, as dúvidas são de outra ordem. “As crianças querem saber sobre o perigo de mexer em aparelhos elétricos se estiverem descalças e com os pés molhados e de ligar vários eletrodomésticos numa só tomada”, conta Viviane.