A Copel vai ceder mudas de árvores para que municípios paranaenses da sua área de concessão executem projetos de arborização usando espécies adequadas ao convívio com as redes elétricas. Para este ano, o “Programa de Arborização Urbana” da empresa já conta com 12 mil mudas prontas para plantio, de 17 espécies diferentes. Em 2008, serão 15 mil mudas, número que deve aumentar gradativamente até atingir 60 mil por ano, previsão que vale a partir de 2011. A área de concessão da empresa é integrada por 393 dos 399 municípios do Paraná.
Segundo o diretor de distribuição da Copel, Ronald Ravedutti, o objetivo do projeto é “contribuir na melhoria da qualidade de vida da população urbana e aumentar a confiabilidade da distribuição de energia, incentivando o uso nos projetos de arborização de espécies capazes de conviver em harmonia com a rede elétrica, evitando acidentes e desligamentos”.
O contato de árvores com a rede elétrica está entre as cinco principais causas de interrupções não programadas no fornecimento de energia no Paraná. Isso, sem contar as árvores antigas que, pela ação de temporais e ventos fortes, caem sobre os cabos provocando sérios danos. Com o tempo, o programa da Copel deverá reduzir ocorrências desse tipo, além de diminuir a necessidade de podas na copa de árvores já adultas.
USINAS - A Copel mantém em algumas usinas hidrelétricas hortos e viveiros onde são produzidas mudas destinadas aos seus projetos de reconstituição florestal e de embelezamento paisagístico. Mais recentemente, tendo em vista a necessidade de harmonizar a coexistência de árvores e redes elétricas no meio urbano, os viveiros das usinas de Segredo (Gov. Ney Braga), Salto Caxias (Gov. José Richa) e Mourão I passaram a produzir também mudas de espécies adequadas a essa finalidade, dando suporte à implantação progressiva de um programa de âmbito estadual.
Para aderir ao programa e receber as mudas, o município interessado deve apresentar um plano de arborização detalhado, estabelecendo um convênio com a Copel. Em cada um dos cinco escritórios regionais da estatal – Curitiba, Ponta Grossa, Maringá, Londrina e Cascavel – há técnicos florestais que poderão orientar as prefeituras interessadas na parceria e ajudar na escolha das espécies mais adequadas para compor o plano de arborização, de acordo com a configuração e com as peculiaridades da rede elétrica local. Eventualmente, os técnicos poderão sugerir e indicar também a troca de algumas árvores.
Atualmente, a Copel mantém com oito municípios convênios específicos para substituir árvores já existentes por outras, de porte mais adequado ao convívio com as instalações de energia elétrica: Itambé, Campo Mourão, Boa Esperança, Engenheiro Beltrão, Paraíso do Norte, Terra Rica, Paranacity e Jaguapitã. A partir de agora, com o novo programa, esses e outros municípios poderão conseguir com a Copel mudas para a implementação também de novos projetos de arborização.
PRELIMINARES - Antes de produzir e colocar à disposição das prefeituras as mudas oriundas de seus viveiros, a Copel distribuiu guias de arborização a todos os municípios paranaenses, com o objetivo de orientar e subsidiar eventuais projetos nesse sentido. Esse guia, editado em 2005, está disponível para consulta no endereço eletrônico da Companhia na internet (www.copel.com/manual_arborizacao).
Durante o tempo em que as prefeituras recebiam tais informações e orientações, a Copel estruturou e deu início ao processo de produção de mudas nos seus viveiros, cujo cultivo e amadurecimento naturalmente demanda tempo: algumas espécies levam até quatro anos para atingirem a idade ideal para plantio.
Todas as mudas a serem fornecidas por esse programa estão sendo produzidas em viveiros florestais mantidos pela Copel. As espécies foram escolhidas basicamente de acordo com a forma da copa, o sistema de raízes e o tamanho que atingem na idade adulta. Estão sendo produzidas mudas de essências de pequeno porte apropriadas para utilização nas proximidades das linhas e redes de distribuição, e mudas de médio e grande porte que podem ser plantadas em locais onde não haja risco de interferência nas instalações da Copel.