Copel tem lucro líquido 17% maior no semestre

Resultado do período foi de R$ 613 milhões, influenciado pelo crescimento do consumo
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13/08/2008 - 18:27
Editoria
A Copel registrou lucro líquido de R$ 613 milhões ao final do primeiro semestre deste ano, resultado 17% superior aos R$ 524,6 milhões apurados no mesmo período de 2007. O desempenho da companhia paranaense foi fortemente influenciado pelo aumento do consumo de energia elétrica no Estado, cuja variação chegou a 6,7% no período – quase duas vezes mais que os 3,5% de crescimento médio no consumo brasileiro. O mercado cativo da Copel, formado por 3 milhões 455 mil ligações em 393 dos 399 municípios paranaenses, cresceu 5,9% entre janeiro e junho. Na avaliação do diretor de Finanças e Relações com Investidores da empresa, Paulo Roberto Trompczynski, os resultados da Copel superaram as expectativas da maior parte dos analistas e especialistas do mercado financeiro, que apostavam em números mais modestos. “Temos acompanhado a manifestação desses profissionais pelas análises e avaliações que produzem para orientação dos investidores e acreditamos ter conseguido demonstrar ao mercado que continuamos trilhando o caminho certo”, sublinhou Trompczynski. O lucro líquido verificado no semestre não surpreendeu, no entanto, os dirigentes da Copel. “Nossas expectativas até podem parecer otimistas mas são, na verdade, realistas”, observou Rubens Ghilardi, presidente da Companhia. “Temos absoluta confiança na eficácia do modelo de gestão e do planejamento estratégico que implantamos com a orientação do governador Roberto Requião, cujas bases são a ética, a transparência, a austeridade e o compromisso com a sustentabilidade social e ambiental”. ÍNDICES EXPRESSIVOS - O balanço semestral da Copel divulgado nesta quarta-feira (dia 13) ao mercado revela elevação expressiva e consistente nos mais importantes indicadores de desempenho empresarial. A receita operacional líquida da Companhia, por exemplo, cresceu 8% na comparação com a primeira metade de 2007, totalizando R$ 2 bilhões 668,5 milhões, e o lucro operacional avançou 11,6% com R$ 939 milhões. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido no período foi de 8,5%. O Lajida – iniciais de “lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização”, que mede a capacidade de geração de caixa das empresas – atingiu R$ 1 bilhão 039 milhões no primeiro semestre de 2008. Nos centros financeiros em que são negociadas, as ações da Copel encerraram o primeiro semestre do ano com valorização de 21,6% (ações preferenciais) e 8,5% (ordinárias) na Bolsa de São Paulo, 34,3% na Bolsa de Nova York e 23,1% no Latibex da Bolsa de Madri. INVESTIMENTOS - O programa de investimentos da Companhia totalizou até 30 de junho R$ 380 milhões. A maior parte dos recursos foi destinada a obras para expandir, modernizar e melhorar o sistema de distribuição de energia elétrica, atividade que responde pelo atendimento direto aos consumidores, que absorveu R$ 222,3 milhões. Os sistemas de geração e de transmissão de energia receberam R$ 39 milhões e o de telecomunicações, R$ 8,3 milhões. Em conseqüência da operação de compra de ações da Sanedo no capital da Dominó Holdings, acionista da Sanepar, a área de participações absorveu investimentos totais de R$ 110 milhões no primeiro semestre de 2008. O total da dívida consolidada da Copel em 30 de junho passado chegava a R$ 1 bilhão 928 milhões, representando 24,6% de endividamento sobre um patrimônio líquido – na mesma data – de R$ 7 bilhões 849 milhões. As dívidas de curto prazo – vencíveis num horizonte de 12 meses – totalizavam R$ 251,4 milhões. “Isso demonstra que a dívida da Copel, além de extremamente baixa para uma empresa de seu porte e com tamanho potencial, tem um perfil bastante favorável, pois menos de 15% do total tem vencimento no curto prazo”, comentou o diretor de finanças, Paulo Roberto Trompczynski.

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