A Copel encerrou o primeiro semestre de 2006 com lucro líquido de R$ 740,4 milhões – cifra sem precedentes na história da Companhia e mais de três vezes e meia superior ao lucro obtido na primeira metade de 2005 (R$ 197 milhões).
O resultado reflete o bom desempenho empresarial da Copel no período e a reversão de parte dos valores que vinham sendo provisionados para fazer frente às faturas do gás natural destinado à Usina Termelétrica de Araucária. Em razão de acordo firmado com a Petrobras, o débito total pelo suprimento de gás para a central foi negociado e reduzido, gerando excedente de R$ 423,8 milhões nos valores provisionados, que está sendo incorporado ao balanço agora.
Vigor – “É mais um reflexo positivo da solução alcançada para a Usina de Araucária”, interpreta o presidente da Copel, Rubens Ghilardi. “Com o fim desse passivo, conseguimos limpar o balanço e expor o vigor da nossa saúde econômica e financeira à sociedade, ao mercado financeiro e aos investidores”.
Segundo o dirigente, essa situação de solidez e equilíbrio deve valorizar a Copel perante o mercado. “Apresentando baixo risco empresarial, a Companhia passa a ter condições de captar recursos a custos menores para financiar seu programa de investimentos”, completa Ghilardi.
No dia 1o de junho, a Copel assumiu a titularidade de 80% das ações da UEGA – empresa proprietária da Usina de Araucária, encerrando definitivamente todas as disputas judiciais e arbitrais que vinham sendo travadas em torno dela.
Ainda que não houvesse o efeito da reversão dos créditos para pagamento do gás provisionados na sua contabilidade, a Copel teria registrado um lucro líquido de R$ 316,6 milhões no semestre. “Resultado por si só bastante apreciável, superior em mais de 60% ao apurado no primeiro semestre de 2005”, observa o seu presidente.
Receita – Os números divulgados pela Copel revelam que sua receita operacional líquida nos seis primeiros meses do ano chegou a R$ 2,6 bilhões, com crescimento de 11% em relação a idêntico período de 2005. O lucro operacional, de R$ 1,2 bilhão este ano, foi quase quatro vezes superior aos R$ 321,7 milhões apurados no primeiro semestre do ano passado.
Também a capacidade de geração de caixa da estatal (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ultrapassou a marca do bilhão de reais no período, somando R$ 1,037 bilhão – pouco mais que o dobro dos R$ 488 milhões registrados ao término do primeiro semestre do ano anterior. Desconsiderando os efeitos da reversão do provisionamento, a capacidade de geração de caixa da Copel chegou a R$ 738,5 milhões, “um crescimento apreciável”, avalia seu presidente.
A rentabilidade sobre o patrimônio líquido registrada pela Copel neste primeiro semestre atingiu 27%.