A Copel recebeu oficialmente nesta segunda-feira (17), em Brasília, a concessão para construir e operar uma nova linha de transmissão que interligará as subestações Bateias e Pilarzinho, na Região Metropolitana de Curitiba. O contrato de concessão foi objeto de leilão realizado no dia 7 de novembro pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e vencido pela Copel, que terá prazo de 15 meses para construir a linha e colocá-la em operação. Os investimentos previstos chegam a R$ 10,47 milhões.
O presidente da Copel, Rubens Ghilardi, disse que a obra “é de grande importância para dar sustentação ao crescimento do consumo de eletricidade em Curitiba e localidades ao norte da Capital, particularmente ao pólo cimenteiro de Rio Branco do Sul”, e ressaltou o significado estratégico da sua conquista. “Estamos trabalhando para fazer da Copel uma empresa cada vez mais eficiente no setor elétrico, competitiva em termos nacionais mas imbatível dentro do Paraná”.
A solenidade de outorga da concessão foi prestigiada pelo ministro de Minas e Energia, Édison Lobão. Assinaram o contrato o diretor-geral da Aneel, Jérson Kelman e, pela Copel, seu presidente e o diretor de Geração e Transmissão de Energia, Raul Munhoz Neto.
Reforço
A linha de transmissão que a Copel vai construir terá 29 km de extensão, operando na tensão de 230 mil volts. O empreendimento, arrematado no leilão com um lance de R$ 665 mil como receita anual permitida, reforçará o anel elétrico formado por subestações e linhas de alta capacidade que respondem pelo suprimento à demanda de Curitiba e de municípios vizinhos.
No caso específico da nova linha, ela conectará a maior das 132 subestações do sistema de transmissão operado pela Copel – a de Bateias – à principal fonte de suprimento de energia para as localidades ao norte da Capital, a subestação Pilarzinho.
Situada na região rural de Campo Largo, a cerca de 20 km de Curitiba, a subestação Bateias opera recebendo eletricidade na tensão de 525 mil volts, conectada às linhas que transportam a produção das grandes hidrelétricas do rio Iguaçu. Ela é de fundamental importância para garantir confiabilidade e segurança operacional ao suprimento de toda a Região Metropolitana, o maior pólo consumidor do Paraná, pois atua em paralelo com outra subestação de seu porte – pertencente à Eletrosul e que, por anos, foi a única instalação nessa classe de tensão a abastecer a região.
Em operação desde 2000, a subestação Bateias teve duplicada em 2005 sua potência de transformação no setor de recebimento de energia, de 525 mil volts, que passou de 600 para 1.200 MVA (megavolts-ampères). Conectada às subestações Curitiba, da Eletrosul, e Ibiúna, localizada no estado de São Paulo, a unidade de Bateias dá origem a importantes linhas de transmissão em voltagens menores (230 mil e 138 mil volts) que alimentam as cargas de diferentes pontos do sistema elétrico paranaense.