Copel pede a renúncia de diretores da Fundação Copel

Suspeita de irregularidades em investimentos motivou a solicitação
Publicação
24/11/2003 - 00:00
Editoria
Atendendo a uma determinação feita pelo governador Roberto Requião, a diretoria da Copel resolveu – após reunião realizada nesta segunda-feira (24) – solicitar a renúncia de todos os diretores da Fundação Copel de Previdência e Assistência Social. As cartas aceitando a diretriz da empresa devem ser entregue nesta terça-feira (25), mas caso os diretores não assinem a renúncia, a decisão ficará a cargo do Conselho Deliberativo da fundação. O pedido fundamenta-se na suspeita de irregularidades e de ilegitimidade de operações de investimentos realizadas pela atual diretoria da Fundação. Segundo o governador, a entidade investiu R$ 60 milhões em debêntures das concessionárias do pedágio, nesta gestão, e R$ 100 milhões também em debêntures ou outros de instituições educacionais falidas. O nome do novo presidente da Fundação Copel deverá ser anunciado nos próximos dias. Ele será escolhido pelo conselho, como consta no estatudo da intituição. Cuidados – A entidade gerencia um patrimônio líquido de R$ 2,4 bilhões e está posicionada entre os 15 maiores fundos de previdência privada complementar do Brasil. “Temos de prestar atenção a liberdade com que essas fundações aplicam o dinheiro de seus empregados”, comentou o governador. A Fundação Copel de Previdência e Assistência Social foi criada em outubro de 1971 com o objetivo de formar, gerenciar e administrar recursos que viessem a constituir um fundo para complementar a aposentadoria dos empregados da Copel e para pagamento de pensão a seus beneficiários e dependentes, além de operar um sistema de entidades e profissionais credenciados para assistência médica. A entidade tem 6.461 participantes ativos, entre empregados da Copel, Lactec, Compagás e Escoelectric.