A Copel já está à disposição dos consumidores que quiserem negociar uma composição para o pagamento – parcelado e sem juros – de débitos vencidos até 28 de fevereiro e que ainda estejam pendentes. Os benefícios para o pagamento, porém, encerram em 30 junho.
O objetivo é recuperar um volume de receitas estimado em R$ 140 milhões, formado por contas em atraso de todas as categorias de consumo. Uma parte expressiva dos débitos, contudo, advém da eletricidade consumida nos sistemas de iluminação pública, que é de responsabilidade das prefeituras municipais.
“Quando a antiga taxa de iluminação foi declarada ilegal, muitos municípios perderam a única fonte de receita de que dispunham para quitar as faturas da Copel”, justifica Ivo Pugnaloni, diretor de Planejamento e Distribuição da empresa. “A partir de então – e até que o Congresso Nacional criasse a contribuição para custeio da iluminação pública – as contas passaram a se acumular e a exigir algum tipo de solução”.
Da parte da Copel, a solução para zerar os débitos atrasados, tanto para as prefeituras quanto para os demais consumidores, está no parcelamento da dívida sem cobrança de juros. Essa facilidade vale para quem buscar negociação com a Copel até 30 de junho. “Depois disso, os prazos de parcelamento encolhem e será cobrada uma taxa de 1% ao mês mais INPC sobre o total devido”, explica o diretor de distribuição.
No caso dos municípios, a Copel vai passar a condicionar sua participação nos projetos e parcerias onde haja previsão de aportes ou de contrapartida financeira à inexistência de débitos vencidos.
Entusiasmo – As facilidades oferecidas pela Copel foram consideradas bastante atraentes pelo prefeito José Manoel de Campos Silva, de Ângulo, município do noroeste paranaense que integra a Região Metropolitana de Maringá. Embora seu município não tenha contas em atraso com a concessionária, o prefeito Zezão mostrou-se entusiasmado com a possibilidade de que as demais prefeituras coloquem em dia a dívida com a Copel, prontificando-se perante o diretor de distribuição da estatal, num encontro recente em Curitiba, a trabalhar “para que a adesão ao parcelamento seja a maior possível”.
O prefeito terá duas tribunas para divulgar a proposta: a Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense, que preside, e a Associação dos Municípios Paranaenses, da qual é vice-presidente. “No nosso município, conseguimos manter a pontualidade no pagamento à Copel e estamos, por isso, habilitados a formar com ela parcerias que irão beneficiar a população, como os programas sociais, de ampliação da iluminação pública e de eficiência energética”, disse o prefeito. “Para que outros municípios tenham a mesma oportunidade e não fiquem de fora por causa de contas em atraso, vou sugerir às prefeituras que busquem parcelar sua dívida, pois as vantagens e os benefícios sociais serão grandes”.
O município de Ângulo foi criado há 11 anos, tem aproximadamente 3 mil habitantes e a base da sua economia está nas atividades agropecuárias. Mesmo não tendo débitos vencidos com a Copel, o prefeito veio agradecer à direção da empresa pela oportunidade dada a outros municípios e parabenizar seu presidente, Paulo Pimentel, pela iniciativa. “A preocupação comum a todas as prefeituras é prestar aos cidadãos o melhor serviço pelo menor custo”, observou. “Para atingir esse objetivo, é essencial ter acesso aos convênios com a Copel e aos programas sociais patrocinados pelo Governo do Estado”.