Copel já economizou R$ 30 milhões este ano com compras pela internet

Estatal paranaense de energia elétrica conseguiu redução média de 20% nos preços fazendo pregões eletrônicos
Publicação
10/12/2006 - 09:50
Editoria
A adoção do pregão eletrônico nas licitações promovidas pela Copel para a compra de bens e contratação de serviços já proporcionou à estatal, só em 2006, uma economia total da ordem de R$ 30 milhões. “Realizamos quase 700 processos este ano utilizando a disputa via internet, seguindo a diretriz do Governo do Estado, e obtivemos uma redução média de 20% sobre os preços que orçamos”, informa o diretor de Gestão Corporativa da Copel, Luiz Antonio Rossafa. “Isso é uma demonstração clara de que permitir acesso ao maior número possível de fornecedores é conferir competitividade à disputa, fator que reduz preços e proporciona economia de dinheiro público”, acrescenta. Uma das grandes licitações da Copel neste ano sob a forma de pregão eletrônico foi a de contratação de serviços de telefonia fixa para acesso à sua Central de Atendimento, que opera 24 horas por dia e alcança praticamente o Paraná inteiro. “Conseguimos reduzir em 60% nossos custos com o serviço em conseqüência do pregão”, disse Rossafa. “Em dinheiro, significa que a Copel terá economizado até o final do contrato R$ 2,6 milhões”, completou. Com relação aos serviços de telefonia fixa para chamadas de longa distância, nacionais e internacionais, o gasto evitado pela Copel em função do pregão chegará a R$ 300 mil. Os pregões eletrônicos da Copel são realizados pela internet no site do Banco do Brasil, instituição com que a concessionária estabeleceu parceria. Informática Outros pregões eletrônicos extremamente bem sucedidos realizados pela Copel em 2006 foram os de equipamentos para impressão centralizada e descentralizada, que geraram ganhos, respectivamente, de R$ 4,6 milhões e R$ 11,7 milhões. Já para a aquisição de equipamentos de comunicação de dados destinados ao programa Paraná Digital, que está conectando à internet em alta velocidade pela rede de fibras ópticas da Copel e integrando entre si os mais de 2 mil educandários mantidos pela Secretaria Estadual da Educação, os pregões permitiram economizar R$ 1,6 milhão. A compra de materiais e a contratação de serviços na área de tecnologia da informação e de telecomunicações pela Copel é coordenada pela Cosit – Comissão dos Sistemas de Informação e Telecomunicações, vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos, que tem entre suas finalidades implementar as políticas de governo nesses campos. Também faz parte da sua missão promover a integração de todos os sistemas de informações e de telecomunicações da administração pública e coordenar sua operacionalização. “O trabalho da Cosit e do secretário Nizan Pereira são fundamentais para garantir que as redes de dados e de comunicações do Governo Estadual sejam compatíveis e formem um conjunto lógico e harmônico”, anotou o presidente da Copel, Rubens Ghilardi. “Nossa empresa é integrante da Comissão e tem buscado colaborar com ela apresentando idéias, propostas e sugestões, ao mesmo tempo que submete à sua apreciação e aprovação todos os processos de compras e contratações nessas duas áreas”. Só em 2006, a Copel recebeu aprovação da Cosit para o prosseguimento de mais de 80 processos para contratação por pregão eletrônico de bens e serviços relacionados com a área de tecnologia da informação e de telecomunicações. Entre eles, o de equipamentos para a expansão da rede de fibras ópticas e o de componentes para a disponibilização do acesso em banda larga nas escolas estaduais, dentro do programa Paraná Digital. Estréia A estréia da Copel no universo das compras eletrônicas via pregão aconteceu em 2003, com uma contratação para fornecimento de água mineral. O resultado final superou as expectativas: esperava-se que o lance vitorioso ficasse em torno de 10% abaixo do preço de base, mas ao final a redução alcançada foi de 28%. “A Copel é uma das principais compradoras no Paraná”, descreveu o diretor de Gestão Corporativa. “Sua ‘lista de compras’ é formada por mais de 5 mil itens dos mais variados tipos, desde lápís e canetas até postes, cabos condutores e transformadores de grande capacidade”. Segundo Rossafa, o orçamento de compras é dimensionado basicamente em razão do programa de obras a ser cumprido em um determinado ano. “Quanto mais projetos previstos para serem executados, mais material vai ser preciso comprar”. A estratégia negocial dos pregões eletrônicos é começar a disputa de preços num ponto onde terminaria uma licitação tradicional: conhecidas as ofertas iniciais dos participantes, estabelecem-se rodadas onde os participantes são convidados a cobrir a menor oferta apresentada, num leilão invertido onde quem oferecer menos é quem ganha. “A eficácia do modelo levou o governador Roberto Requião a adotá-lo como diretriz para as compras da administração estadual e o Paraná está economizando muitos recursos públicos com essa decisão”, finalizou Rossafa.