Copel investe mais, amplia ação social e reduz tarifas

Em dois anos, empresa ligou o equivalente a uma nova cidade como Londrina e ainda ampliou a lucratividade
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08/01/2005 - 00:00
Editoria
A Copel retomou nos últimos dois anos os investimentos na melhoria e expansão do seu sistema elétrico, assumiu a construção de duas novas usinas hidrelétricas, colocou em prática programas de cunho social e reduziu o gasto com energia elétrica para os consumidores pontuais no pagamento da conta de luz. E voltou a apresentar resultado positivo em seus balanços contábeis. Esses são os principais frutos colhidos pela empresa no período de gestão do governador Roberto Requião – e que estão sendo compartilhados com a coletividade paranaense sob a forma de novos empreendimentos instalados, incentivo à atividade produtiva, criação de empregos e preservação da renda da população – principalmente as parcelas de menor poder aquisitivo, cuja conta de luz é paga pelo Governo do Estado por meio do programa Luz Fraterna. Esta iniciativa beneficia mensalmente 250 mil famílias das camadas mais carentes (ou 1 milhão de pessoas), que podem usar o dinheiro para satisfação de outras necessidades urgentes, como alimentação, saúde, educação e vestuário. “A Copel é o exemplo definitivo de que uma empresa orientada para atuar como vetor de desenvolvimento, praticando a menor tarifa do país e comprometida com os princípios da inclusão social e da cidadania também pode ser lucrativa”, afirma o presidente da estatal, Paulo Pimentel. “A receita do sucesso é o gerenciamento austero e transparente, guiado pelo interesse público e pela lisura – exatamente como determinou o governador Roberto Requião”, completa. Uma Londrina - Nos últimos dois anos, a Copel realizou 162 mil novas ligações elétricas em todo o Estado (o equivalente ao número de domicílios atendidos em Londrina, segundo principal centro urbano do Paraná), o que resulta numa expressiva média diária de 220 ligações. Nesse total incluem-se 14 mil ligações classificadas como comerciais (categoria que abrange os estabelecimentos de varejo como supermercados e lojas, e de serviços como escritórios, clínicas e bancos, entre outros) e 13 mil propriedades rurais, resultado do avanço do Luz para Todos, programa de eletrificação rural que integra esforços dos governos federal e estadual para levar o benefício a 36 mil famílias desassistidas até o final de 2006. “Também estão incluídas as 4 mil indústrias que optaram por se instalar no Paraná desde o início da atual administração, certamente atraídas pelos incentivos criados por Requião como o tratamento diferenciado no recolhimento do ICMS para empreendimentos que se fixassem em regiões de baixo IDH e, principalmente, a concessão de descontos na tarifa de energia para os pagadores pontuais”, relata o diretor de finanças e de distribuição da Copel, Rubens Ghilardi. “Como conseqüência das medidas implantadas pelo governador, ultrapassamos a marca de 50 mil indústrias ligadas no Estado”. Investimentos - Nos anos de 2003 e 2004, a Copel realizou importantes investimentos na expansão e na melhoria do seu sistema elétrico, com destaque para obras nas áreas de transmissão e de distribuição, as mais relegadas na fase de preparação da empresa para privatização e justamente as que impactam diretamente na qualidade dos serviços aos consumidores. Nessas áreas, a Copel aplicou mais de 60% dos R$ 718,6 milhões investidos e colocou em operação 221 km de novas linhas de transmissão, 4.539 km de linhas de distribuição e duas subestações. O efetivo humano, principalmente eletricistas e atendentes, também foi reforçado com a admissão de 876 novos empregados. Para reforçar a disponibilidade de energia, a Copel adquiriu o controle da Elejor, empresa detentora da concessão para construção e exploração de um complexo formado por duas usinas de médio porte (Santa Clara e Fundão, com 120 megawatts de potência cada) e duas pequenas hidrelétricas incorporadas às barragens (totalizando mais 5,9 megawatts). As obras no rio Jordão, na região de Guarapuava, caminham conforme a programação e devem estar concluídas em meados de 2005 (Usina Santa Clara) e de 2006 (Fundão). Os investimentos totais são estimados em R$ 480 milhões. Na área de telecomunicações, a empresa deu prosseguimento aos investimentos visando a expansão do anel de fibras ópticas: o tronco principal ganhou em dois anos mais 1.460 km, totalizando 4.260 km de extensão. A malha de cabos radiais praticamente dobrou, saltando de 1.200 km para 2.324 km de extensão e ampliando de 60 para 81 o número de cidades alcançadas pelo sistema. Saneamento - Um dos grandes pontos de comparação entre a Copel atual e a que foi encontrada pelos gestores no início de 2003 está na saúde financeira da Companhia e suas perspectivas de desempenho. Contabilizando em 2002 o pior resultado da sua existência (prejuízo de R$ 320 milhões), a Copel tinha pouco oxigênio para enfrentar os compromissos herdados da administração anterior – contratos de compra de energia desnecessários, dolarizados, caros e não homologados pela Aneel. E insustentáveis, pois seu cumprimento absorveria um terço de todas as receitas da empresa. Foi nesse cenário que se deu o saneamento financeiro da Companhia, orientado pelo governador Roberto Requião que determinou, no primeiro momento, a suspensão de todos os pagamentos e, ato contínuo, a renegociação dos compromissos em bases mais adequadas ao atendimento do interesse público. Como resultado, já em 2003 o saldo do exercício foi um lucro líquido de R$ 171,1 milhões e em 2004, considerado o período janeiro a setembro, de R$ 297,7 milhões. “A luta parece estar perto do final mas ainda não terminou”, diz o presidente da Copel em alusão ao último dos contratos pendentes de repactuação – o de compra de energia da UEG Araucária. “Conseguimos um final feliz com a Cien, da espanhola Endesa, e Itiquira Energética, da norte-americana NRG, e nunca deixamos de considerar a possibilidade de um acordo com a El Paso, controladora da UEG Araucária”. Pimentel tem manifestado otimismo quanto a uma solução rápida e negociada para a questão, que judicialmente se desenrola em duas frentes, no Brasil e na França (lá, numa corte de arbitragem). “Temos do nosso lado o empenho do governador Requião e a sensibilidade da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff”, relata. “Da parte da El Paso, notamos num encontro recente com seus diretores existir uma disposição à retomada do diálogo, o que é um sinal muito alentador”.