Copel faz bom acordo ao comprar ações, diz deputado

De acordo com o deputado Luiz Claudio Romanelli, o presidente da Copel, Rubens Ghilardi, deixou claro que os estudos feitos para identificar as vantagens na compra das ações da Sanedo seriam maiores do que o acertado no início da negociação
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11/12/2007 - 19:05
Editoria
O líder do Governo na Assembléia Legislativa, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), considerou satisfatória as explicações do presidente da Copel, Rubens Ghilardi, sobre a compra de ações da Dominó Holdings na Sanepar. “Ghilardi demonstrou que os 42 milhões de euros negociados representam bom negócio, se equiparado aos valores de mercado”, disse Romanelli, depois da audiência pública da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que tratou da questão nesta terça-feira (11). Na audiência, Ghilardi - acompanhado do presidente do Conselho da Copel, José Bonifácio Cabral Junior – adiantou a possibilidade da compra, por parte da Copel, de 30% das ações pertencentes à Sanedo. Conforme os dados apresentados por Ghilardi, a estrutura societária da Sanepar está dividida em quatro cotas: 52,5% (Governo do Paraná), 34,7% (Dominó Holdings), 0,6% (prefeituras) e 12,2% (outros). Contudo, no grupo Dominó Holdimgs S/A a Copel é minoritária com apenas 15%, a Sanedo detêm 30%, a Andrade Gutierrez Concessões S/A 27,5% e a Daleth Participações S/A com 27,5%. Segundo Ghilardi, as negociações das ações da Sanedo foram iniciadas com a Brasil Saneamento (Brasan), mas, no decorrer do processo, a empresa desistiu da compra. Foi quando a Sanedo enviou uma carta de intenções de venda à Copel. Depois de assinado o acordo entre as empresas, a Copel iniciou uma avaliação detalhada dos dados financeiras apresentados pela Dominó. “Depois de iniciado o estudo foi verificado que os valores de fluxo de caixa orçados pela Sanedo em 578 mil euros eram na verdade de 475 mil euros, ou seja, uma diferença de 82 mil euros. A Copel não propôs pagar pelas ações preço maior que o oferecido pela Sanedo, mas conseguimos a redução do preço pelo qual a Sanedo queria vender para a Copel, quer sob a ótica do preço inicial em reais oferecidos pela Brasan, quer sob a ótica do preço em euros oferecidos para a venda da Copel”, afirmou Ghilardi. De acordo com Romanelli, o presidente da Copel deixou claro que os estudos feitos para identificar as vantagens na compra das ações da Sanedo seriam maiores do que o acertado no início da negociação. “As ações estavam em valores de mercado em R$ 128 milhões, o que representaria R$ 16,2 milhões a mais”, disse. “A efetivar-se a transação em andamento, a Copel, que por ora com 15% de participação não tem voz e nem voto na Dominó e na Sanepar, passaria a ter o poder de veto quanto a óbices que a Dominó pretenda impor aos objetivos da Copel na Sanepar, que poderá vir a ser utilizado para o cumprimento dos fins sociais a que se destinam a Sanepar e a Copel”, conclui.