Copel é sede de encontro sobre estrutura da tarifa de energia


Maiores distribuidoras do país querem contribuir para aprimorar o modelo atualmente adotado
Publicação
18/05/2006 - 16:50
Editoria
Um grupo formado por mais de cem técnicos e especialistas da área de tarifas vinculados às maiores e mais importantes empresas de distribuição de energia elétrica do país está reunido desde esta quinta-feira (18), em Curitiba. Eles participam, até sexta-feira à tarde, no edifício-sede da Copel de um seminário que discute a estrutura da tarifa de eletricidade no país. O evento é promovido pela Abradee – Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia, com apoio da Copel. Estão sendo tratados temas relacionados à metodologia e técnicas para construção das tarifas de eletricidade e debatidas propostas visando aprimorar a regulamentação sobre o assunto. As sugestões serão encaminhadas como contribuição das distribuidoras à Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, órgão encarregado de fixar e fiscalizar o cumprimento das regras e normas que orientam o setor elétrico brasileiro. Um dos desafios é encontrar uma forma de estruturar um modelo para as tarifas de eletricidade que seja capaz de mantê-las em níveis módicos para o consumidor e, ao mesmo tempo, com margem suficiente para cobrir os custos e a necessidade de novos investimentos das empresas distribuidoras. A decisão sobre o modelo de tarifa e as variáveis que ela irá contemplar cabe à Aneel, mas as concessionárias distribuidoras de eletricidade querem contribuir nesse processo, oferecendo sugestões e alternativas. “As empresas de distribuição querem colaborar com a sua experiência no aprimoramento da estrutura da tarifa, de maneira a torná-la cada vez mais justa e razoável tanto para os consumidores quanto para as concessionárias, que precisam investir permanentemente na expansão, modernização e manutenção de linhas e redes”, diz Fernando Maia, diretor técnico da Abradee, entidade que congrega as principais empresas do setor. No seu entendimento, as tarifas não podem ser caras a ponto de se tornarem proibitivas para o usuário, nem tão baixas ao extremo de inviabilizar os investimentos necessários para ampliar o alcance do serviço e manter a sua qualidade. “O ponto de equilíbrio deve ser um objetivo a ser buscado permanentemente”, resume.