Copel é empresa de baixo risco para investimento

A Copel obteve ótima avaliação das duas principais agências classificadoras de risco aos investidores – a Moody’s e a Fitch Ratings – para a sua operação de captação de R$ 400 milhões através de debêntures simples.
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22/04/2005 - 06:10
Editoria
A Copel obteve ótima avaliação das duas principais agências classificadoras de risco aos investidores – a Moody’s e a Fitch Ratings – para a sua operação de captação de R$ 400 milhões através de debêntures simples. A avaliação dos riscos em operações do gênero é uma exigência da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, organismo que regula e fiscaliza o mercado de capitais no Brasil, e tem por objetivo oferecer parâmetros à análise dos analistas e investidores interessados na aplicação. Os recursos que a Copel pretende captar no mercado servirão para liquidar uma emissão de eurobônus, sujeita à variação cambial, no valor de US$ 150 milhões e com vencimento no início de maio. A emissão de debêntures – não conversíveis em ações e com prazo de 4 anos – está sendo finalizada e envolve um pool de seis instituições, liderado pelo Banco do Brasil, que dará garantia firme para 90% do montante a ser captado. Os restantes R$ 40 milhões vão ser colocados diretamente no mercado. Além do Banco do Brasil, participam da operação o Bradesco, Unibanco, Itaú, Santander e HSBC. Avaliação – O presidente da Copel, Rubens Ghilardi, recebeu com satisfação o pronunciamento das agências e disse que “a avaliação refletiu com justiça” os esforços feitos pela direção, sob a orientação do governador Roberto Requião, de recuperar a saúde financeira da estatal. “Ficamos felizes por ver que o mercado está percebendo e reconhecendo todo o trabalho de recomposição e reordenamento que está sendo feito na Copel”, informou o presidente. “Claro que esse juízo de estabilidade e de baixo risco reflete o estancamento do prejuízo que a empresa registrou em 2002, de R$ 320 milhões, e sua transformação num lucro de R$ 374 milhões, em 2004, cuja maior causa está na renegociação de contratos onerosos ordenada pelo governador Requião logo após sua posse”, avaliou Ghilardi. Elevação – Essa melhora substancial nas condições econômicas e financeiras da Copel foi notada e registrada pela agência Moody’s, que elevou a classificação de risco da estatal do nível Baa1 (concedido para a segunda emissão de debêntures da Copel, feita em 2002) para o nível A3, avaliação que dá aos investidores muito mais segurança quanto à liquidez dos papéis nos prazos de remuneração ou resgate. Já a Fitch atribuiu à Copel classificação de longo prazo A+, entendendo que a Companhia detém posição de destaque no do setor elétrico brasileiro em razão da integração de suas atividades (gerando, transportando e distribuindo energia elétrica), do adequado perfil de endividamento e do seu histórico de forte geração operacional de caixa. Segundo a Fitch, existe a expectativa de preservação desses fundamentos positivos nos próximos anos, o que também sinalizar segurança e solidez aos investidores que optarem por aplicar nos papéis da estatal.