Copel e Eletrosul poderão unir suas forças e constituir parcerias para disputar os futuros leilões de concessão para usinas e linhas de transmissão do setor elétrico que estejam, no todo ou em parte, em território paranaense. Presidentes e diretores das duas empresas assinaram, na tarde desta quarta-feira (19), memorando de entendimento com validade de dois anos, na sede da Copel, em Curitiba.
Segundo o documento, representantes da Copel e Eletrosul passarão a estudar e analisar em conjunto as informações a respeito da viabilidade técnica, econômica, financeira e ambiental de cada empreendimento que venha a ser licitado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel.
O resultado dessa análise, acompanhado de parecer, será submetido à apreciação e decisão de um comitê deliberativo que ainda vai ser formado e será integrado por membros das duas empresas. Será esse comitê que terá a palavra final sobre a conveniência de um consórcio formado por Copel e Eletrosul apresentar-se no leilão da Aneel.
Os estudos em conjunto começam imediatamente e têm seu foco ajustado nas três novas usinas localizadas no Paraná, cuja concessão a Agência pretende colocar em disputa em um leilão previsto para o dia 16 de dezembro: Salto Grande (no Rio Chopim), Mauá (no Rio Tibagi) e Baixo Iguaçu (no Rio Iguaçu). A inclusão desses três empreendimentos no leilão programado pela Aneel está condicionada ao licenciamento prévio pelas autoridades ambientais.
Estratégica – O presidente da Copel, Rubens Ghilardi, ressaltou que a perspectiva de unir forças com a Eletrosul “é uma oportunidade estratégica ímpar” em razão das características, interesses e necessidades de cada uma. “É a parceria ideal”, definiu Ghilardi. Para ele, as empresas se parecem muito pois ambas são estatais e têm compromissos sólidos com o interesse público, atuam na mesma base geográfica e precisam investir para garantir atendimento ao mercado. “Mas o detalhe decisivo é que elas se completam, pois a Eletrosul só pode constituir parcerias tendo participação minoritária, enquanto a Copel só pode associar-se a outras empresas tendo o controle da sociedade”, explicou.
O presidente da Eletrosul, Milton Mendes de Oliveira, também se mostrou otimista com a possibilidade de atuar ao lado da Copel na expansão do sistema elétrico regional. “Temos um fato histórico da maior relevância, pois são duas empresas respeitáveis, de tradição e de reconhecida capacidade técnica que passarão a avaliar e projetar sua participação em novos empreendimentos como se fossem uma só empresa”.
Pela Copel, assinaram o memorando o presidente Rubens Ghilardi e o diretor de Gestão Corporativa, Luiz Antônio Rossafa. Pela Copel Geração, sua subsidiária integral, o diretor superintendente José Ivan Morozowski e o diretor adjunto Élzio Machado. Pela Eletrosul, assinaram seu presidente e o diretor técnico, Ronaldo dos Santos Custódio.