A Copel mantém a convicção de que são inconstitucionais as restrições feitas no edital de leilão de ações da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista – CTEEP que impedem o seu acesso e continuará empenhada em obter da Justiça reconhecimento ao seu direito de se habilitar na disputa. Essa foi a reação do presidente da estatal de energia do Paraná, Rubens Ghilardi, ao ser informado pela imprensa de que o Tribunal de Justiça de São Paulo negou, na quarta-feira (21), a liminar pedida pela Copel impugnando um item do edital que a impede de ter acesso ao leilão. “Estamos nos opondo a uma restrição que entendemos ser discriminatória, porque proíbe que empresas estatais estaduais, à exceção das pertencentes ao próprio governo de São Paulo, tenham ingresso no leilão”, comentou o presidente. “Estamos aguardando receber a notificação da decisão e conhecer o teor do despacho que nos negou a liminar pedida para estudar as providências jurídicas a serem tomadas”, acrescentou. O interesse da Copel na disputa pela CTEEP decorre da estratégia de expandir negócios nas áreas de geração e transmissão de energia elétrica, atividades onde a estatal já tem larga participação em território paranaense. “Operamos um sistema de transmissão com mais de 7 mil quilômetros de linhas e 127 subestações que cobrem integralmente o Paraná”, disse Ghilardi. “Somos a única empresa de transmissão no Brasil que tem índice de 100% de automatização em subestações, nos consideramos em condições de disputar o mercado em outros estados, e não podemos aceitar que a Copel seja discriminada pelo fato de ser propriedade do povo paranaense”, concluiu. A CTEEP opera um sistema de transmissão formado por 11,6 mil quilômetros de linhas e cerca de 100 subestações, atuando no maior mercado consumidor de energia elétrica do país.