Copel completa 53 anos com a tarifa mais baixa do Brasil


“O primeiro objetivo do governador para a Copel, que era recuperá-la e salvá-la, foi alcançado. Agora, o empenho é para melhorar a eficiência e, no futuro, expandir nossos mercados”, afirma o presidente Rubens Ghilardi.
Publicação
25/10/2007 - 18:06
Editoria
A Copel completa, nesta sexta-feira (26), 53 anos de existência, com a menor tarifa de energia elétrica do País entre as empresas de grande porte e registrando sucessivos recordes de lucratividade e de eficiência. Para marcar a data, cerimônias e missas em ação de graças vão ser realizadas em diversas localidades do Paraná. Em Curitiba, diretores, conselheiros e empregados da Copel vão participar de celebração ecumênica, às 8h30 na Igreja Nossa Senhora das Dores (a Igreja dos Passarinhos), na Rua Princesa Izabel, Seminário. “Esta é a empresa que certos governantes garantiram que precisava ser privatizada para não desaparecer”, afirma o presidente da Copel, Rubens Ghilardi. “E como conseqüência da malograda tentativa de venda, legaram ao governador Roberto Requião uma empresa arrasada, endividada, com quadro de pessoal esvaziado, sistema elétrico depauperado e amarrada a contratos de compra de energia ruinosos, lesivos e sem propósito”. Passados menos de cinco anos, a Copel, mantida sob controle público por Requião, tem condição bem diferente. “Nos livramos dos tais contratos, ampliamos a disponibilidade de energia, recompusemos o quadro, reabrimos agências, melhoramos o serviço, reduzimos o endividamento e avançamos em todos os setores, notadamente, no social”, registra Ghilardi. “Acumulamos lucro de R$ 2,3 bilhões até a metade deste ano e investimos em obras e serviços R$ 2,12 bilhões. Ou seja, o primeiro objetivo do governador para a Copel, que era recuperá-la e salvá-la, foi alcançado. Agora, o empenho é para melhorar a eficiência e, no futuro, expandir nossos mercados”, completa. MAIORES – Motivo de orgulho para todos os paranaenses, a empresa está entre as maiores de todo o Brasil e é um dos mais conceituados referenciais de competência técnica e qualidade no atendimento do setor elétrico nacional. Sua galeria de premiações inclui títulos como o de uma das três companhias de serviço público mais respeitadas no mundo (pesquisa da PriceWaterhouse Coopers e jornal inglês Financial Times), a melhor da América Latina no seu setor (segundo a revista norte-americana Global Finance) e a melhor distribuidora de eletricidade do Sul do país na avaliação dos consumidores (pesquisa de satisfação do cliente feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel). As ações da Copel, negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York e Madri, integram, há dois anos seguidos, o Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa, uma seleção que reúne ações de companhias comprovadamente comprometidas com conceitos de responsabilidade social e ambiental, a ética e a transparência. HISTÓRIA – Criada em 26 de outubro de 1954, pelo governador Bento Munhoz da Rocha Netto, a Copel surgiu com a missão de solucionar o crônico problema de escassez de energia elétrica no Paraná, sério obstáculo não só aos projetos de desenvolvimento econômico e social, mas à própria integração territorial do Estado. Naquela época, o Brasil se via impedido de crescer por falta de eletricidade. Noventa por cento do setor era dominado por companhias privadas e de capital estrangeiro, que, por causa da baixa remuneração proporcionada pelas tarifas, deixavam de investir em obras de expansão para buscar rentabilidade maior em outras aplicações. Para suprir essa grave deficiência de infra-estrutura, a maior parte dos estados passou a constituir suas próprias empresas de energia elétrica – e assim surgiu a Copel. Seu atual presidente, Rubens Ghilardi, ingressou na empresa em meados da década de 60 e participou de praticamente toda a história da Companhia. “Há 40 anos, a Copel ainda se estruturava, e dispor de um sistema elétrico que pudesse atender de forma adequada ao Paraná era apenas um plano ousado imaginado por um técnico arrojado, de notável visão e de grande capacidade empreendedora chamado Pedro Viriato Parigot de Souza”, relembra. Foi a partir dessa época que os paranaenses começaram a conviver com outra realidade que não a da absoluta escuridão ao cair da noite. “Não havia eletricidade disponível para todos”, conta Rubens Ghilardi. “A geração era cara, basicamente com geradores a diesel, que eram desligados no final do dia”. Com a integração energética do Estado a partir da construção de usinas hidrelétricas e linhas de transmissão capazes de transferir grandes blocos de energia para regiões distantes, a Copel foi gradativamente ampliando sua base de atuação e fez do Paraná um estado auto-suficiente em eletricidade, fomentando seu desenvolvimento e promovendo a melhoria da qualidade de vida da população. “Por respeito a essa história e também pela convicção de que o Estado não pode abdicar do direito e obrigação de gerenciar uma questão vital e estratégica ao seu futuro como a energia elétrica, o governador Roberto Requião e a população paranaense sempre se opuseram à privatização da Copel”, observa Ghilardi. “O sentido e o resultado dessa luta é que o Paraná talvez seja hoje o único Estado brasileiro onde a energia elétrica não é tratada como mercadoria, mas como fator de estímulo ao crescimento da economia, de geração de empregos, de preservação da economia popular e, acima de tudo, como um mecanismo para promover a inclusão social”. ALCANCE – Os serviços da Copel cobrem praticamente todo o Paraná e chegam a quase 3,5 milhões de pontos de consumo, perfazendo índice de atendimento de praticamente 100% no meio urbano e mais de 90% nas regiões rurais. O universo de consumidores diretamente atendidos é formado por 2,7 milhões de lares, 58 mil indústrias, 281 mil estabelecimentos comerciais e 332 mil propriedades rurais. Para atender a esse mercado, que se espalha por 1.111 localidades em 393 municípios, a Copel construiu, opera e mantém uma estrutura que compreende, na parte de geração, um parque próprio formado por 18 usinas (17 delas hidrelétricas), cuja potência instalada totaliza 4.550 MW (megawatts), além de participações em outros empreendimentos que adicionam 600 MW às disponibilidades. O sistema próprio de transmissão compõe-se de 7,3 mil quilômetros de linhas e 131 subestações, automatizadas e comandadas à distância. Já a malha de distribuição é formada por 167,5 mil quilômetros de linhas e redes, extensão suficiente para dar quatro voltas em torno da Terra pela linha do equador, e 238 subestações – das quais 225 automatizadas e comandadas à distância. O sistema de telecomunicações tem 4,9 mil quilômetro de cabos ópticos instalados no anel principal e mais 5,2 mil quilômetro de cabos nos radiais e acessos, cobrindo as 171 maiores cidades paranaenses. O patrimônio líquido da empresa, segundo o balanço encerrado em 30 de junho, atingia R$ 6,9 bilhões e o quadro de empregados na mesma data totalizava 8.232 pessoas.

GALERIA DE IMAGENS