Copel completa 50 anos homenageando Parigot

Aniversário foi marcado com homenagens ao ex-presidente da empresa e ex-governador
Publicação
26/10/2004 - 00:00
Editoria
No dia em que completou 50 anos, a Copel fez uma homenagem àquele que foi considerado um dos mais louváveis presidentes que já conduziram a companhia: Pedro Viriato Parigot de Souza. Além de presidir a empresa por quase uma década, Parigot ainda estendeu seu dinamismo e obstinação ao exercício do cargo de vice-governador e governador do Paraná ainda no começo da década de 70. Em solenidade nesta terça-feira (26) na sede da empresa, em Curitiba, foi descerrado um busto em bronze de Parigot e lançado carimbo postal comemorativo dos Correios. Os elevados números que traduzem a Copel de hoje não escondem o passado de crescimento contínuo e ritmado implantado ainda na década de 60, quando a empresa comemorava a conquista de seu milésimo cliente industrial. Um feito para a época. Hoje, passam de 50 mil as ligações industriais e de 3 milhões as residências que contam com os serviços da Copel. Esforço - “Cada quilowatt, cada metro de fio estendido – suficientes hoje para dar quatro voltas em torno da terra - são resultado do esforço de muitos em benefício de milhares ou milhões”, destacou o presidente Paulo Pimentel. “Uma empresa dedicada a serviço tão essencial à vida e às necessidades modernas não poderia deixar de comemorar tais feitos, muito menos esquecer seus precursores”, disse ele, referindo-se a Parigot de Souza. Depois da sua gestão de quase dez anos, a Copel rumou por caminhos mais alinhados. Nem mesmo as inovações tecnológicas e a diversificação dos serviços e tecnologias disponíveis afastaram a empresa dos preceitos e da cultura deixadas por Parigot. “Um presidente que viu muito à frente de sua época e foi o responsável pela estruturação do sistema elétrico paranaense”, elogiou Pimentel. “Se a Copel de hoje é a maior empresa do Paraná, muito se deve a Parigot”. Paulo Pimentel pronunciou-se na solenidade à viúva do homenageado, Egypcialinda Parigot de Souza e a seus filhos com a emoção de quem teve muita proximidade com o ex-presidente. As palavras de Pimentel deram conta de uma convivência harmoniosa e construtiva pelo bem do Estado e para o crescimento da estatal, pois foi na mesma época em que o atual presidente da Copel governava o Paraná que o professor Parigot deslanchava os grandes projetos e obras do sistema elétrico estadual que até hoje são referência de pioneirismo, arrojo e inovação. O descerramento do busto e da placa alusiva que ficarão permanentemente no saguão de entrada da sede da estatal em Curitiba foi feito pelo presidente da Copel e sua esposa Yvonne Lunardelli Pimentel, pela viúva do homenageado e seu filho, Luiz Antônio Parigot de Souza. Carimbo - O momento histórico também está documentado no carimbo especial dedicado pela ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ao cinqüentenário da Copel. A obliteração do selo “Preservação de recursos econômicos: economize energia elétrica” pelo presidente da Copel e pelo gerente comercial da ECT no Paraná, Luiz Claudomiro Sacoman, constará do arquivo do Museu Postal e Telegráfico mantido em Brasília pelos Correios. “Nós levamos as faturas e mensagens da Copel aos seus clientes, mas não só isso: a ECT reconhece a grandiosidade e a importância do nome que carrega em mãos”, pontuou Sacoman. O selo e o carimbo comemorativo vão ser usados nas correspondências oficiais da empresa durante o mês de aniversário. Box: Histórias de funcionários O engenheiro eletricista Fernando Toledo Krukoski, admitido na empresa em agosto de 1981, logo depois de formado pela Universidade Federal do Paraná, nasceu no mesmo dia em que o governador Bento Munhoz da Rocha Netto assinava o decreto de criação da Copel. Fernando é coordenador da área de manutenção, em Curitiba. Para ele, “é uma sensação curiosa” comemorar 50 anos junto com a sua empresa. Caso único entre os 6,7 mil empregados ativos, Fernando reparou na coincidência de datas no seu primeiro dia de trabalho na Copel. “No momento da admissão, recebi um livreto que era entregue a todos os novos empregados com informações básicas e gerais a respeito da empresa”, conta. “Levei um susto ao ver a data de criação da Copel e gostei bastante da coincidência”. Casado há 25 anos e pai de dois filhos, Fernando Krukoski desenvolveu sua carreira na Copel atuando sempre na área de operação e manutenção da transmissão – setor que responde pelo transporte de grandes blocos de eletricidade desde as centrais geradoras até as imediações dos centros de consumo. Ao longo dos 23 anos dedicados à Copel, o maior desafio profissional surgiu quando mal iniciava na empresa. “Um ano após a minha admissão, fui encarregado de gerenciar uma divisão com 170 operadores subordinados a mim”, contou o engenheiro. “Aprendi nos seis anos que se seguiram que não há desafio maior nem mais gratificante que lidar com pessoas”.