Copel completa 49 anos

“Integração do Paraná foi costurada com os fios de luz da Copel”, diz Pimentel
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25/10/2003 - 00:00
Editoria
A Copel está completando neste domingo 49 anos de existência. Motivo de orgulho para todos os paranaenses – que se insurgiram contra a tentativa de sua venda há dois anos –, a empresa é a maior do Estado e um referencial de competência para o setor elétrico brasileiro. Os serviços da empresa cobrem praticamente todo o Paraná, com mais de 3 milhões de unidades consumidoras ligadas. O percentual de atendimento com energia elétrica à população chega a quase 100% dos domicílios nas áreas urbanas e a 90% nas regiões rurais. O universo de consumidores ligados inclui 2,4 milhões de lares, 47 mil indústrias, 253 mil estabelecimentos comerciais e 318 mil propriedades rurais. Para atender a todo esse mercado, a Copel construiu, opera e mantém uma estrutura que compreende um parque gerador de eletricidade próprio composto de 18 usinas, sendo 17 hidrelétricas, cuja potência instalada totaliza 4.549 MW e que responde pela produção de 7% de toda eletricidade consumida no Brasil, um sistema de transmissão com mais de 6,8 mil quilômetros de linhas, 393 subestações e 161 mil km de linhas de distribuição – o suficiente para circundar quatro vezes o planeta pela linha do equador. Os ativos totais da Copel chegam a R$ 8,8 bilhões (números de 30 de junho passado), e o quadro de empregados na mesma data totalizava 5.841 pessoas. Integração – Criada em 26 de outubro de 1954, por ato do governador Bento Munhoz da Rocha Netto, a Copel surgiu com a missão de solucionar o crônico problema de escassez de energia elétrica no Paraná, sério obstáculo não só aos projetos de desenvolvimento econômico e social, mas à própria integração territorial do Estado. O atual presidente da Companhia, Paulo Pimentel, governou o Paraná de 1966 a 1971, e viveu de perto aquela situação. “As correntes separatistas atuavam fortemente e existiam basicamente em função da ausência do Estado naquelas regiões”, lembra Pimentel. “Não havia estradas, comunicações, e a pouca energia disponível vinha de geradores a diesel que só operavam até a meia-noite”, conta. “Essas regiões consideravam-se esquecidas e queriam se separar, mas foram integradas à custa de muito trabalho, principalmente da Copel, que com seus fios de luz costurou a unidade territorial paranaense”, lembra. A referência histórica resgatada por Pimentel ilustra a importância dos serviços da Copel na sustentação dos programas de crescimento do Estado. “No Paraná, a energia elétrica é a um só tempo diferencial estratégico para a atração de novos empreendimentos, estímulo à modernização e à diversificação das atividades econômicas e, mais que tudo, mecanismo de promoção da qualidade de vida e inclusão social da população”, resume o presidente. “Por essas razões é que o governador Roberto Requião estabeleceu e liderou uma luta sem tréguas contra o processo de venda da empresa em 2001, preservando nas mãos do povo paranaense um patrimônio que não tem preço”.