A Copel está investindo cerca de R$ 27 milhões para ampliar a subestação de Bateias, a maior do seu sistema de transmissão de energia e que está localizada em Campo Largo, município da Região Metropolitana de Curitiba. O projeto de ampliação da unidade inclui a duplicação da capacidade de transformação do setor que recebe eletricidade na tensão de 525 mil volts, trazida por linhas originadas nas grandes hidrelétricas instaladas no Rio Iguaçu.
Três novos transformadores, com 200 MVA (megavolts-ampères) de potência cada, estão em fase de instalação e conexão com previsão de entrada em operação no mês de junho. Também estão sendo finalizadas as obras para construção de nova linha de transmissão em 230 mil volts, reforçando a conexão entre as subestações Bateias e Campo Comprido, na área urbana da Capital.
“Esse reforço é estratégico e essencial para assegurar plena normalidade nas condições de operação do sistema elétrico que atende a boa parte do Paraná, incluindo a Capital e cidades vizinhas”, esclarece Diógenes da Cunha Marquez, gerente da Superintendência de Operação e Manutenção de Instalações de Transmissão da Copel. “A capacidade atual de 600 MVA do setor de 525 mil volts de Bateias já se encontra próxima do limite operacional e é preciso ampliá-la para satisfazer a crescente demanda por energia no Estado”, completa.
Fundamental – A subestação Bateias, situada na área rural de Campo Largo a aproximadamente 20 km da Capital, entrou em operação há pouco mais de 5 anos e tem um papel fundamental na garantia do suprimento de energia elétrica à região mais industrializada e populosa do Estado. Até que a unidade entrasse em funcionamento, todo esse mercado dependia de um único ponto de conexão em extra-alta tensão com o restante do sistema elétrico interligado – a subestação Curitiba da Eletrosul, localizada no bairro do Umbará, na zona Sul da cidade. Tal vulnerabilidade foi removida com a instalação da subestação Bateias, que flexibilizou a operação do sistema de transmissão pesada ao servir de opção para recebimento e processamento dos grandes blocos de energia produzida nas usinas hidrelétricas do Rio Iguaçu.
Bateias recebe eletricidade por quatro linhas em 525 mil volts originadas nas subestações Curitiba e Areia, ambas da Eletrosul, e outras duas que partem da subestação Ibiúna, no estado de São Paulo. Todas essas linhas são vitais ao bom funcionamento do sistema interligado que atende aos três estados do Sul. Depois de ter sua tensão rebaixada para 230 mil ou para 138 mil volts, a energia recebida em Bateias irá trafegar por 8 linhas de transmissão com destino a subestações em Curitiba (duas conexões com a unidade de Campo Comprido), Ponta Grossa, Campo Largo (também duas conexões), Jaguariaíva, Lapa e distrito industrial de Balsa Nova.
Transporte – Com o acréscimo do segundo banco de transformadores, a potência de transformação da subestação Bateias sobe de 900 para 1.500 MVA. O sistema de transmissão da Copel é formado por 125 subestações totalizando 15.086 MVA de potência, interligadas por quase 7 mil km de linhas em alta tensão.
Por causa das dimensões dos equipamentos, a Copel precisou organizar uma operação especial para o transporte dos transformadores entre a fábrica no interior de São Paulo e o pátio da subestação. Vazio e sem os acessórios de conexão, cada transformador tem 8 metros de comprimento, 11 de altura e pouco mais de 6 metros de largura, pesando 166 toneladas. Preenchido com óleo isolante, o peso do equipamento vai a 231 toneladas.