Cope prende onze cambistas na Baixada

Acordo entre Secretaria da Segurança, Poder Judiciário e Atlético Paranaense permitiu que os 254 ingressos sejam recolocados à venda e o dinheiro seja doado a uma instituição de caridade
Publicação
21/06/2005 - 16:36
Editoria
Uma equipe do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prendeu, no final da manhã desta terça-feira (21), 11 cambistas que revendiam ingressos originais para o jogo da semifinal da Copa Libertadores da América entre o Clube Atlético Paranaense e o Chivas, do México. Os cambistas foram presos em flagrante, em frente ao estádio Kyocera Arena, com 254 ingressos (154 inteiras e 100 meias-entradas), que dariam um lucro de mais de R$ 7,6 mil à quadrilha. Com eles, a polícia apreendeu ainda R$ 1.184,00 em dinheiro. Logo depois da prisão, o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, pediu ao Poder Judiciário que os ingressos sejam recolocados à venda e o dinheiro seja doado para uma instituição de caridade. O juiz Pedro Sanson Corat e o presidente do Clube Atlético Paranaense, João Agusto Fleury da Rocha, confirmaram a revenda dos ingressos para o público e a destinação do dinheiro a uma instituição de caridade. “Além de coibir o crime cometido pelos cambistas e prendê-los a intenção da Secretaria da Segurança é que os torcedores possam lotar o estádio”, disse Delazari. Crime - De acordo com o delegado Marcus Vinícius Michelotto, chefe do Cope, os onze cambistas detidos fazem parte de uma mesma quadrilha. “Eles já foram presos outras vezes pela polícia e sempre atuam em grandes eventos”, disse. Segundo a polícia, entre os presos estão Eldes Paulo da Silva, apontado como líder dos cambistas, Eliel Gonçalves, que tem antecedentes criminais por furto, estelionato e tráfico de drogas, e José Luis de Almeida Sobrinho, preso outras vezes por roubo. Além deles, foram detidos Paulo César Carvalho, Reinaldo Cassimiro da Costa Terceiro, Wesley Roque Siqueira, Valdeci e Jorge Correa e Maurício de Paulo e Silva e um adolescente. “Nossos policiais estão nas ruas para prender outros integrantes da quadrilha que conseguiram escapar”, disse. De acordo com o delegado, a polícia vai investigar a possível participação de funcionários do Atlético e da Federação Paranaense de Futebol nesse crime. Segundo o delegado, as entradas inteiras, vendidas pelo Atlético por R$ 25,00, estavam sendo comercializadas pelos cambistas por R$ 60,00. Já as meias-entradas, cobradas na bilheteria a R$ 12,00, estavam sendo vendidas por R$ 35,00. “Isto daria um lucro de mais de R$ 7,6 mil para a quadrilha que agora está atrás das grades”, disse. Todos vão responder por crime contra a economia popular. O adolescente será encaminhado para a delegacia responsável.

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