O consumo de energia elétrica no Paraná cresceu percentualmente quase duas vezes mais que a média brasileira, no primeiro semestre de 2008, conforme dados apurados pela EPE – Empresa de Pesquisa Energética, organismo vinculado ao Ministério de Minas e Energia, que tem entre suas atribuições planejar a expansão do sistema elétrico nacional. Enquanto o Brasil registrou variação de 3,5% no consumo acumulado no primeiro semestre deste ano em comparação com igual período de 2007, no Paraná a expansão chegou a 6,7%, evidenciando o ritmo mais intenso nas atividades produtivas instaladas no Estado.
Esse desempenho diferenciado do Paraná fica mais nítido diante dos números do setor industrial. Na média brasileira, o crescimento do consumo de energia elétrica no semestre atingiu 2,9%, e entre as indústrias atendidas diretamente pela Copel no Estado, a variação chegou a 8,8%. “Existe uma relação muito estreita entre consumo de eletricidade e o comportamento da economia em geral”, interpreta Rubens Ghilardi, presidente da Copel. “Se o consumo cresce, é sinal de que a indústria e o campo estão produzindo mais, o comércio está aquecido e as famílias estão vivendo melhor e com mais conforto”.
Ainda na avaliação de Ghilardi, “se o Paraná cresce mais aceleradamente que a média dos demais estados brasileiros é porque as condições necessárias para o desenvolvimento e para a melhoria da qualidade de vida da população foram criadas e oferecidas pelo Governo do Estado, e têm surtido resultados”.
Essa constatação também foi feita pela EPE no estudo de acompanhamento do mercado consumidor de energia elétrica brasileiro durante o primeiro semestre deste ano. “No Sul, o destaque é do Estado do Paraná, onde se percebe um continuado processo de instalação de unidades com elevado padrão de consumo, tanto na capital quanto no interior do Estado”, informa o relatório.
MEIA CURITIBA – De janeiro a junho de 2008, a quantidade de eletricidade utilizada no Paraná totalizou 11,681 milhões de MWh (megawatts-hora), contra 10,946 milhões de MWh, demandados na primeira metade de 2007. A diferença de 735 mil MWh equivale à metade do que consome, em seis meses, a cidade de Curitiba. Esses números levam em conta a soma do mercado cativo da Copel (ligações atendidas diretamente pela empresa), o suprimento para outras concessionárias de distribuição em atividade no Estado e os consumidores livres estabelecidos no Paraná, mas supridos por outras empresas.
Entre as quase 3,5 milhões de ligações atendidas diretamente pela Copel e que integram seu mercado cativo, onde se concentram os principais números do mercado paranaense, o crescimento no semestre totalizou 5,9% - marca também considerada “bastante expressiva” pelo presidente da Companhia.