Consumo de eletricidade no Paraná aumenta 6,7% no primeiro semestre

Mercado cativo da Copel cresceu 5,9% impulsionado pelo setor industrial
Publicação
17/07/2008 - 17:40
Editoria
O Paraná consumiu 6,7% mais eletricidade durante os seis primeiros meses deste ano, comparativamente a idêntico período do ano anterior. De janeiro a junho de 2008, a quantidade de eletricidade utilizada no Estado totalizou 11,681 milhões de MWh (megawatts-hora), contra 10,946 milhões de MWh, na primeira metade de 2007. A variação, de 735 mil MWh, equivale a metade do que consome em seis meses a cidade de Curitiba. Esses números levam em conta a soma do mercado cativo da Copel (ligações atendidas diretamente pela empresa), o suprimento para outras concessionárias de distribuição em atividade no Estado e os consumidores livres estabelecidos no Paraná, mas supridos por outras empresas. Entre as quase 3,5 milhões de ligações atendidas diretamente pela Copel e que integram seu mercado cativo, onde se concentram os principais números do mercado paranaense, o crescimento no semestre totalizou 5,9% - marca considerada “bastante expressiva” pelo seu diretor de Finanças e Relações com Investidores, Paulo Roberto Trompczynski. Ele explica que o comportamento do mercado consumidor de energia elétrica é um dos “termômetros” mais confiáveis para medir o comportamento da economia e também do padrão de vida da população. “Variações dessa ordem de grandeza não deixam margem a dúvidas”, interpreta. “A elevação do consumo de eletricidade espelha com fidelidade e até certa eloqüência que o Paraná está muito ativo, crescendo e produzindo riquezas, e que os paranaenses estão usufruindo dessas riquezas, melhorando sua qualidade de vida”. FATORES – Ainda conforme a avaliação do diretor da Copel, é possível atribuir os expressivos índices de crescimento do consumo a uma combinação de fatores bastante positivos. “O principal é o bom desempenho da safra agrícola, associado à elevação de preço das commodities e do crescimento das exportações de alguns itens, proporcionando aumento na renda dos agricultores”, alinha Trompczynski. “No mesmo sentido, observa-se intensa atividade no mercado interno, provocado principalmente pelo aumento da renda disponível que, por seu turno, é decorrência da maior oferta de crédito, dos benefícios dos programas sociais e do crescimento da massa salarial da população”. Um indicador de fundamental importância destacado pelo diretor de finanças da Copel foi o crescimento do número de empregos formais no Paraná, que no primeiro semestre deste ano chegou a 109 mil novas vagas, segundo dados anunciados nesta quinta-feira (17 de julho) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. MERCADO – Ao final dos seis primeiros meses de 2008, o consumo de eletricidade no mercado cativo da Copel totalizou 9,714 milhões de MWh, contra 9,171 milhões de MWh no ano anterior. A variação mais expressiva foi registrada no setor industrial, responsável por um terço de toda eletricidade fornecida e faturada pela estatal, que experimentou crescimento de 8,8%. Contribuíram bastante para essa elevação os segmentos de veículos automotores, de máquinas e equipamentos, de edição e impressão e de papel e celulose. O mercado industrial cativo da Copel é formado por 60 mil unidades consumidoras. Outra categoria de peso dentro do mercado cativo da Copel é a residencial, que responde por 27% do consumo e soma 2,725 milhões de ligações. Nesse segmento, a variação na quantidade de eletricidade demandada atingiu 4,3%, resultando num crescimento de 2,2% no consumo médio mensal por domicílio, que agora é de 163 kWh (quilowatts-hora). Na classe comercial, a utilização de energia elétrica aumentou 5,3%. Esse segmento é integrado por 289.564 unidades consumidoras e representa 20% do mercado cativo da Copel. Já no meio rural, a variação de consumo no comparativo entre o primeiro semestre de 2008 e o de 2007 chegou a 6%, revelando um crescimento de 4,8% no consumo médio mensal por propriedade (agora de 410 kWh). Em todo o Estado, a Copel atende diretamente a 335.277 consumidores rurais.

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