Os quinze membros do Conselho Estadual do Trabalho, órgão normativo e consultivo da Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, deverão debater as reformas trabalhistas propostas pelo governo federal. A proposta é do representante da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), João Batista Corrêa, que também propôs a formação de comissões temáticas ou técnicas para analisar a legislação trabalhista, sindical e o direito do trabalho, sempre com a preocupação em âmbito nacional.
Segundo João Batista, que participou de uma reunião do Conselho na semana passada, o Programa Bolsa Estágio, que aguarda aprovação, pretende fazer que todo cidadão, recebendo o seguro desemprego, estagie em uma das empresas filiadas ao programa. Ele convidou os membros do Conselho para discutir as reformas trabalhistas com a deputada federal Clair Martins no dia 9 de maio, às 9 h, no prédio central da Universidade Federal do Paraná, da Praça Santos Andrade.
A reunião também teve a participação de Margarete Matos Carvalho, representante da procuradoria regional do trabalho, que em seu discurso solicitou recursos e a capacitação das famílias para um combate mais eficaz do trabalho infantil. Margarete pediu uma atuação mais incisiva do governo federal em relação aos estado e municípios quando o assunto é liberação de verbas.
"O governo federal faz políticas no combate ao trabalho infantil, mas nos estados e municípios não há o repasse correto, por isso não funciona" alegou a representante que sugeriu ser feita uma análise de como serão empregados os recursos liberados, evitando assim a exploração da criança.