Conferência Nacional de Saúde Ambiental fixa diretrizes para setor de saneamento

Ações estratégicas prevêem a expansão dos serviços para a zona rural e o fortalecimento da vigilância em saúde ambiental
Publicação
15/12/2009 - 16:40
Editoria
As conclusões e diretrizes fixadas pela 1.ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA) fortalecem o acesso à água tratada e à coleta e ao tratamento do esgoto doméstico, como prioridades para garantir saúde à população. Entre as grandes novidades estão as propostas de criação do sistema de saneamento básico e ambiental, estadual e municipal, extensivo às áreas rurais, e o estabelecimento de mecanismos para “garantir e destinar recursos financeiros para a gestão de resíduos com a implantação do plano municipal de saneamento básico e ambiental com fortalecimento da vigilância em saúde ambiental.” No total, foram definidas 24 diretrizes e 48 ações estratégicas para a formulação da primeira Política Nacional de Saúde Ambiental. A CNSA, encerrada em Brasília, no fim de semana, foi coordenada pelos ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e das Cidades. Entre os delegados, convidados e observadores internacionais – aproximadamente 1.500 pessoas – três são empregados da Sanepar. Eles participaram da fase regional e representaram o Paraná, na etapa nacional. O empregado Alexandre Schmerega Filho, de Londrina, foi o representante dos trabalhadores. O delegado da Sanepar foi Ricardo Luiz Borges, que atua em Guarapuava, e o gerente da Sanepar em Curitiba e Região Metropolitana, Antonio Carlos Gerardi, participou da Comissão Organizadora Nacional como representante da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) no Conselho Nacional de Meio Ambiente. Segundo Gerardi, “a Conferência foi muito importante porque o Brasil começa a atuar na origem dos problemas, nas causas das doenças de veiculação hídrica provocadas pela falta de água de qualidade e pelo destino adequado do esgoto doméstico.” Ele lembra que o Paraná é um dos estados com os melhores indicadores de cobertura nos serviços de água e esgoto, “porém há regiões do País em que a situação é dramática.” A elaboração das políticas públicas para o setor e a definição de ações estratégicas abrem nova perspectiva, principalmente para os moradores da zona rural, segundo Gerardi. “Além de fortalecer as áreas da saúde, meio ambiente, infraestrutura e planejamento urbano”, completa.

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