Comunidade elogia transparência do Direito de Morar na Vila Zumbi


A área é uma das maiores ocupações irregulares do Paraná e está em processo de regularização fundiária e urbanização pelo programa Direito de Morar
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19/04/2006 - 17:16
Editoria
A presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rosângela Curra, comandou na noite desta segunda-feira (17) reunião com a direção das Associações de Moradores da Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo (Região Metropolitana de Curitiba). No encontro, oito diretores da Associação integrantes da comunidade receberam a prestação de contas de todas as atividades realizadas na Vila Zumbi desde a implantação do programa Direito de Morar, em 2004 — inclusive das obras de construção de 281 sobrados e de drenagem do solo, que estão em andamento. Participaram também da reunião o diretor de Obras da Cohapar, Ascelide Parizotto, o superintendente Clóvis Veiga da Costa (Jurídico), Sérgio Ricci (Planejamento e Controle), e a diretora ambiental da Sanepar, Maria Arlete Rosa. “Detalhamos todas as atividades já realizadas, inclusive as obras físicas, até 31 de março”, explica Rosângela. “Uma intervenção como a que o Governo do Paraná está realizando na Vila Zumbi envolve uma parceria estreita com a comunidade. Por isso, entendemos que essa prestação deve ser contínua. É o que estamos fazendo”, completa. Além da prestação de contas, Rosângela e os técnicos da Cohapar discutiram com os moradores outros detalhes da execução do programa, como o cronograma das obras e a implantação de equipamentos urbanos. “Recebemos dos moradores reivindicações como a construção de um posto de saúde e a colocação de cercas e gramados nos sobrados. Todas elas já estão sendo analisadas pela nossa equipe técnica”, diz Rosângela. “A reunião foi ótima. Todas as contas estão em ordem, e o programa está caminhando muito bem”, disse Genésio Medeiros Filho, presidente da Associação de Moradores da Vila Zumbi dos Palmares. “Até o momento, a comunidade está muito satisfeita com o projeto. A expectativa é a melhor possível”, completou. Obras — O Governo do Paraná está investindo R$ 3,7 milhões na construção de 281 imóveis, destinados a famílias que atualmente vivem em áreas de risco ou de preservação ambiental. “Os primeiros 137 sobrados que estamos construindo destinam-se a famílias que vivem em situação de risco social e ambiental às margens do Rio Palmital”, explica Rosângela. O Direito de Morar está em andamento na Vila Zumbi desde 2004. A intervenção tem investimentos de R$ 21 milhões, autorizados pelo governador Roberto Requião no ano passado, e beneficia 1,79 mil famílias. As primeiras unidades devem ficar prontas até o final de abril. Assim que as famílias começarem a mudar-se para os sobrados, começam as obras de contenção e recuperação das margens do Rio Palmital, que irão evitar as enchentes atualmente comuns na área. Os recursos estão sendo aplicados em ações que incluem urbanização e recuperação ambiental, sistema de drenagem de águas pluviais, pavimentação e paisagismo das ruas, instalação de rede de esgoto, melhoria nas instalações de 400 moradias e construção dos sobrados. Além disso, a Prefeitura de Colombo vai construir — em contrapartida aos investimentos do Governo do Paraná — duas creches com capacidade para 400 crianças, um centro comunitário e uma central de carrinheiros com barracão para reciclagem de lixo, que somam investimentos de mais de R$ 1 milhão. As ações do Direito de Morar na Vila Zumbi dos Palmares são uma parceria entre Cohapar, Sanepar, Copel, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), secretarias estaduais de Desenvolvimento Urbano (Paranacidade), Saúde, Educação, Trabalho e Promoção Social e Prefeitura de Colombo. BOX: Marechal Cândido Rondon O diretor de Obras da Cohapar, Ascelide José Parizotto e o superintendente Jurídico da companhia, Clóvis Augusto Veiga da Costa, participaram nesta terça-feira (18) em Marechal Cândido Rondon de uma reunião com as famílias que habitarão o empreendimento de 125 unidades que está sendo construído no município. “Fizemos uma apresentação sobre o funcionamento do programa de Gestão Comunitária e a prestação de contas dos valores já gastos na obra”, explicou Parizotto. De acordo com ele, se o sistema fosse outro os custos das unidades habitacionais seriam até 50% mais alto. “Isso, certamente, inviabilizaria a muitas famílias adquirirem sua moradia, já que o valor das prestações ficariam bem maiores”, afirmou. “A Cohapar não visa lucros”, disse o diretor, ao informar que além disso a empresa coloca toda sua estrutura administrativa, técnica e social, sem custo nenhum, nos empreendimentos que constrói.

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