Competição de tiro policial comemora os 156 anos da Polícia Militar do Paraná

Dos 52 inscritos, 44 participaram efetivamente da prova, que foi dividida em duas fases classificatórias e uma fase final, durante os três dias
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14/08/2010 - 18:20
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Uma competição de Tiro Policial, em comemoração aos 156 anos da Polícia Militar do Paraná, foi realizada nesta sexta-feira (13), na pista de tiros da Academia Policial Militar do Guatupê (APMG), em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Dos 52 inscritos, 44 participaram efetivamente da prova, que foi dividida em duas fases classificatórias e uma fase final, durante os três dias. Todos os participantes receberam medalhas de participação.
Classificaram-se para a fase final dez participantes e, os três finalistas, além do troféu indicativo de colocação, receberam um vale para retirar uma arma de fogo, presente da Taurus do Brasil – patrocinadora do evento – aos vencedores. Outra arma também foi sorteada entre todos os participantes. As unidades da Polícia Militar e Bombeiro Militar do estado enviaram representantes para competirem. A prova ocorreu no Complexo de Treinamento Policial Coronel Arivonil Fernandes dos Santos e foi coordenada pelo Capitão Maurício Pimentel Machado, além da coordenação geral do Coronel Nóbrega, responsável pelas atividades alusivas ao aniversário da PM.
O objetivo da competição é integrar os militares estaduais, possibilitar a prática do tiro policial e mensurar o nível técnico dos profissionais participantes, conforme explica o Comandante-geral da PM, Coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens, que acompanhou parte da prova e participou da premiação. “Primeiramente, a finalidade é promover uma integração de toda a Polícia Militar; nossos integrantes vieram para a academia, rever os amigos, trazer conhecimentos, técnicas, táticas. Essa competição enriquece a todos pela troca de experiência e, evidentemente, melhora o desempenho do policial que no dia-a-dia enfrenta a criminalidade”, diz.
A prova é destinada às praças da Polícia Militar e cada unidade pode, de maneira seletiva, escolher seu representante. “Depois foi feita seletiva por região, e as classificações se deram na Academia; sem falar que este é mais um evento alusivo ao dia 10 de agosto, aniversário da corporação”, destaca. Coronel Rodrigo também lembrou que participou, em outra época, desta prova. “Sempre bate a saudade; a gente nunca esquece e sabemos que é um momento tenso, além de a maneira com que foi projetada esta pista, esse cenário, que naturalmente já traz uma tensão, e representa aquilo que diariamente o policial pode encontrar”, enfatiza o comandante-geral.
PROVA - O Capitão Rui Noé barroso, Coordenador Pista, explicou que a prova é realizada anualmente e reúne policiais interessados em competir e enfrentar uma pista com obstáculos. “As circunstâncias oferecidas ao competidor na prova são próximas da realidade, por isso, devido aos obstáculos, o policial deve aplicar as técnicas de tiro e, desta forma, estará se aperfeiçoando também”, frisa. “Nós avaliadores podemos observar o desempenho de cada um no que diz respeito a confrontos armados e emprego de técnicas policias relacionadas ao tiro”, completa.
No entanto, Barroso explica que da mesma forma como ocorre no dia-a-dia, a segurança tanto das vítimas quanto do policial militar, vêm em primeiro lugar em uma situação de confronto. “Os alvos enfrentados na prova culminam em uma pontuação, que associada ao tempo que o policial leva par fazer a pista, gera um coeficiente, o qual define o melhor, mas acima de tudo está a segurança de cada um”, relata Barroso.
DESTAQUE – O cabo José Matias, pertencente ao 14° Batalhão da Polícia Militar, situado em Foz do Iguaçu foi o 1° colocado na competição de tiro, com o tempo de 159,8. “As dificuldades da prova apareceram durante todo o percurso do cenário, as regras de segurança devem ser seguidas sempre, diferentemente de como age o marginal. Considero meu desempenho bom, apesar de não conhecer uma pista de alto nível, mas o treinamento deve ser contínuo para conseguir um nível melhor sempre”, afirma o campeão.
O segundo colocado, com tempo de 156,6, foi o cabo Ladislau Pereira dos Santos, do Departamento de Finanças da PM, em Curitiba. “Para mim foi uma experiência nova, pois é uma competição em que além de o policial precisar atirar precisa tomar as decisões certas nos momentos certos, o cenário foi bem planejado para retratar uma situação real”, revela. Eu já participei de outras provas, mas de tiro técnico, em que você só precisa acertar o alvo melhor que os outros”, diz o cabo ao diferenciar as duas provas.
Com um tempo de 144,3, o soldado Jaide Mandolini B. Mendes foi o terceiro colocado na competição. “Nunca participei de competições de tiro e agradeço ao 1° tenente Feitosa, hoje no Canil, que me deu várias dicas de tiro policial, o que me possibilitou treinar em casa. E ao ser informado de que fui escolhido para representar a Companhia de Choque na prova treinei um pouco e encarei a competição”, conta. “O mais difícil é a identificação dos alvos, ou seja, descobrir quem são os reféns e quem são os bandidos”, enfatiza. Desde o início da competição, uma policial militar participou, apesar de não se classificar para a fase final. Trata-se da subtenente Regiane Maria que avaliou a prova como excelente. “A competição simulou a realidade policial vivida na rua pelos policiais militares, oferecendo diversas dificuldades”, lembra. “Depois de um dos obstáculos os policias caem num fosso de água, o que pode ocorrer no nosso trabalho, pois não sabemos o que vamos encontrar”, lembra.
SITUAÇAO – A prova simulou uma situação de assalto a mão armada envolvendo pessoas inocentes. Inicialmente cada competidor (policial) recebeu um chamado pela Central190 relatando que um grupo armado estava cometendo assalto contra um banco situado numa área com grande número de pessoas. Com a viatura ele chega em determinado ponto, desembarca (sem conhecimento da situação que vai encontrar) e inicia o trabalho de buscas dos suspeitos, os quais devem ser neutralizados.
“Depois do assalto, os suspeitos se esconderam em uma escola municipal próxima, na qual havia crianças e funcionários”, explica o capitão Barroso. O policial, de acordo, com o capitão, precisava de muita atenção e técnica já que havia inocentes e arma de fogo. Depois da escola, o policial se dirigiu para outros ambientes que simulavam residências próximas ao local, e onde supostamente poderiam haver suspeitos escondidos. Ele precisa entrar no ambiente, realizar buscas e, utilizar a arma de fogo, no momento certo e se houvesse necessidade, dentro dos critérios de segurança e técnica policial.

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