As obras da rede de distribuição de gás natural em Ponta Grossa serão retomadas na segunda quinzena de setembro. A Companhia Paranaense de Gás (Compagas), empresa responsável pela distribuição de gás natural no Paraná, assinou nesta semana o contrato com a empresa Trix Engenharia, que venceu o processo licitatório e dará continuidade ao projeto Ponta Grossa II.
De acordo com Moacir Filho, responsável pela Trix Engenharia, a obra para construção dos 9,6 mil metros de rede deve durar nove meses e envolverá o trabalho de cerca de 45 pessoas. “Nossas expectativas são ótimas. Iremos trabalhar para que tudo ocorra conforme o planejado por nós e pela Compagas”, afirma Filho.
Para a execução do projeto Ponta Grossa II, a Compagas prevê um investimento de R$ 10 milhões. Além dos 13 quilômetros, previstos inicialmente, será construído mais 1,2 quilômetro de rede para atender dois clientes: a Metalgráfica Iguaçu e o Café Lontrinha.
A Trix Engenharia dará continuidade a partir da Avenida Visconde de Mauá, onde a obra foi parada. A paralisação ocorreu no mês de maio por rescisão contratual com a Amafi, empreiteira vencedora do processo licitatório em 2007. A rescisão se deu por questões financeiras da Amafi, envolvendo a falta de condições de pagamento aos funcionários e terceiros. A Amafi foi a responsável pela construção dos 4 mil metros iniciais do Projeto.
Vencedora do novo processo licitatório lançado pela Compagas, a Trix Engenharia possui 25 anos de atuação no segmento de infra-estrutura urbana, executando obras de telecomunicações e saneamento, e atuando nas áreas de pré-moldados, agropecuária e energia. Nesta última, gerencia e executa obras de implantação de redes e ramais de acesso em sistemas de distribuição de gás natural. Já realizou serviços em 10 estados, sendo que, para a Compagas, é responsável pelas obras de construção da rede de distribuição na cidade de São José dos Pinhais.
A continuidade das obras do projeto Ponta Grossa II representa um passo fundamental para a ampliação do uso do gás natural em Ponta Grossa. Hoje, o combustível só está disponível na região do distrito industrial. Com o novo investimento, a cidade poderá dobrar seu consumo atual de cerca de 30 mil m³/dia de gás natural e, ainda, utilizar o combustível também para os segmentos comercial e veicular. Em um segundo momento, os empreendimentos residenciais da cidade também poderão utilizar o gás natural.
A seguir, as principais informações sobre o gás natural em Ponta Grossa e no Paraná.
Projeto Ponta Grossa II:
1)Investimento
R$ 10 milhões
2) Extensão
13 km de rede. São três quilômetros na rodovia e dez dentro do perímetro urbano, praticamente atravessando o centro, entre o trevo Vendrami, na saída Sul, e a zona Norte da cidade, na altura da Metal gráfica Iguaçu. Com o novo contrato com a Trix Engenharia, o trajeto foi ampliado para 14,2 km.
3) Cronograma:
Obras recomeçam na segunda quinzena de setembro de 2008, com previsão para término de nove meses.
5) Obra
A Compagas realizará Ações de Comunicação Social na região das obras.
Distribuição de cartas informativas aos moradores/comerciantes. Disponibilidade 24h/dia
Ligação gratuita 08006438383
Comunicados semanais, em parceria com a prefeitura, para rádios sobre ruas com trânsito mais lento em função das obras.
No início da obras foram realizados teatros e palestras nas escolas, associações de moradores e entidades de classe sobre o gás natural, as instalações e as medidas de segurança.
* Construção de novembro/07 até agosto/08 – 4 km de rede de distribuição, sendo 2 km ao longo da BR 277 (partindo da Kaiser, sentido Oficinas), e os outros 2 ao longo da Visconde de Mauá, (até as proximidades da Monofilo).
6) Empregos
Geração de 50 empregos diretos com o início das obras.
7) Potencial inicial:
Com a concretização deste projeto aproximadamente 16 empresas poderão em um primeiro momento utilizar o gás natural. Com ele, Ponta Grossa, que hoje só consome o GN para o segmento industrial, terá também o GN disponível para os segmentos veicular, comercial e residencial.
Com esse projeto, serão implantadas as chamadas Linhas-Tronco, com capacidade para abastecer clientes dos segmentos comercial, industrial e de GNV. Para condomínios e residências, será estudada a construção de ramais, após a conclusão do projeto Ponta Grossa II.
- Clientes que já fazem parte do projeto de Ponta Grossa II:
5 postos de GNV ( 1 na BR e 4 na cidade) – bandeiras BR, Ipiranga, Esso e branca.
9 indústrias (Batavo, Bunge, Kurashiki, Monofil, Smagon, Inca, Metalgráfica Iguaçu, Café Lontrinha, Souto Engenharia);
9 estabelecimentos comerciais.
8) Volume inicial previsto para o projeto Ponta Grossa II:
Cerca de 29 mil m³/dia.
Projeto Ponta Grossa I:
1) Investimento
Aproximadamente US$15 milhões (obras desde Curitiba até Ponta Grossa, executadas em 1998 e 1999)
2) Extensão
100km de rede.
3) Empresas consumidoras e volume consumido:
Masisa – 6 mil m³/dia
Bealileu – 0,6 mil m³/dia
Praimer – 0,5 mil m³/dia
SGS Agricultura – 5 mil m³/dia
Tetrapak – 1,2 mil m³/dia
Kaiser (atual Femsa) – 17 mil m³/dia
Conab – 0,2 mil m³/dia
Primeiro consumidor da cidade: Kaiser - começou em outubro de 2000.
Total consumido hoje em Ponta Grossa: cerca de 30 mil m³/dia de gás natural.
Informações gerais sobre o gás natural no Paraná:
- Criação da Compagas:
Julho de 1994
- Início de operação:
1º de outubro de 1998, distribuindo gás de refinaria canalizado. Primeiro cliente: Peróxidos do Brasil, localizada na cidade industrial de Curitiba.
- Gás natural:
Começou a distribuir o gás natural vindo do gasoduto Bolívia Brasil assim que o ramal sul do gasoduto foi concluído, em março do ano 2000. Foi a primeira das três distribuidoras do sul a oferecer aos clientes o gás vindo do Gasbol. O primeiro cliente de Ponta Grossa, a Kaiser (atual Femsa) já começou a operar utilizando o gás natural canalizado.
- Segmentos:
A Compagas fornece o gás natural a todos os segmentos: industrial, comercial, veicular, residencial, cogeração, geração de energia e matéria-prima.
- Rede:
Possui cerca de 500 km de rede de distribuição em sete municípios do Paraná: Curitiba, Campo Largo, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa, São José dos Pinhais e Araucária.