Comitiva do Rio de Janeiro conhece sistema de socioeducação do Paraná

Sistema paranaense é considerado modelo no Brasil e foi premiado no ano passado
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15/05/2009 - 16:40
Editoria
Representantes do governo do Rio de Janeiro conheceram, nesta sexta-feira (15), o Centro de Socioeducação São Francisco, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. As equipes do Departamento Gerencial de Ações Socioeducativas (Degase) e da Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro (Emop-RJ) chegaram ao Paraná, na quinta-feira (14), para conhecer o sistema socioeducativo, considerado modelo no Brasil. O grupo também visitou a unidade de internamento de Ponta Grossa e a sede da Secretaria da Criança e da Juventude, em Curitiba, para conhecer os detalhes da implantação deste modelo e os projetos desenvolvidos para os adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. Para o coordenador de Segurança e Inteligência do Departamento Gerencial de Ações Socioeducativas (Degase), Alexandre Azevedo de Jesus, o que mais chamou a atenção no Paraná foram os fluxos de passagem e a arquitetura dos Centros de Socioeducação – que é integrada às necessidades da unidade de internação, levando em consideração as atividades diárias dos adolescentes e os cuidados com a segurança. O coordenador de Socioeducação da Secretaria, Roberto Bassan Peixoto explicou que os projetos arquitetônicos adotados no Paraná seguem o princípio de proporcionar mais segurança e educação aos adolescentes. “O projeto contribuiu consideravelmente na melhoria da segurança e da resposta dos adolescentes à medida socioeducativa”, relatou Peixoto. INTERCÂMBIO – O Rio de Janeiro atende a cerca de 1.100 adolescentes em privação de liberdade, 650 em regime de internação. O presidente da Emop-RJ, Ícaro Moreno Júnior, explica que a idéia de conhecer a forma como outros estados executam as medidas surgiu durante o planejamento das obras de reforma e construção de novas unidades do Rio de Janeiro. Aquele estado, que já possui seis casas para execução de medidas socioeducativas em meio fechado (internação), planeja construir duas novas unidades seguindo o conceito arquitetônico sugerido pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e reformar as atuais. Além disso, estão sendo reformados todos os 17 Centros de Recursos Integrados de Atendimento ao Menor (Criam), que fazem o atendimento a adolescentes em regime de semiliberdade, e o Centro de Triagem e Recepção, que é para onde são encaminhados os adolescentes apreendidos, evitando que fiquem em delegacias. MODELO – Neste ano, esta é a segunda comitiva que vem ao Paraná conhecer o sistema de socioeducação. Em março, um grupo de diretores da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), do Maranhão, conheceu a unidade de internação feminina em Curitiba - o Centro de Socioeducação Joana Richa, além de algumas das unidades de internação masculina como os Centros de Socioeducação São Francisco, em Piraquara, Fazenda Rio Grande e Ponta Grossa. As políticas públicas de atendimento ao adolescente no Paraná ganharam destaque em mídia nacional no final de 2008, com o 3.° Prêmio Socioeducando pela Execução de Medidas em Meio Fechado. O prêmio é realizado conjuntamente pelo Instituto Latino Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente (Ilanud/Brasil), Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH-PR), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi). O Paraná conta hoje com 18 centros de socioeducação que atende jovens nos regimes de internação e internação provisória distribuídos em 14 municípios do Paraná, além de cinco Casas de Semiliberdade.

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