Comitiva Japonesa avalia plano de monitoramento do Litoral do Paraná

O presidente do Instituto de Meio Ambiente de Hyogo, Yoshitaka Aoyama, disse que a parceria entre o Paraná e o Japão permitiu os avanços tecnológicos no monitoramento da qualidade das águas
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24/11/2010 - 09:38
Editoria
Uma equipe de técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e suas autarquias – Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Instituto das Águas do Paraná e Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG) - receberam nesta terça-feira (23), em Curitiba, a comitiva japonesa do estado de Hyogo, que veio para conferir os resultados da parceria entre o Governo do Paraná e o governo japonês na área ambiental. Entre as contribuições técnicas e financeiras está a implantação e o funcionamento do Plano de Monitoramento do Litoral do Paraná, que monitora a qualidade da água no mar, o mangue e as atividades pesqueiras na região.
O presidente do Instituto de Meio Ambiente de Hyogo, Yoshitaka Aoyama, disse que a parceira entre o Paraná e o Japão permitiu os avanços tecnológicos no monitoramento da qualidade das águas. “A distância entre o Paraná e Hyogo não interfere na execução de parcerias, já que a consciência ambiental deve ser global. Depois de dez anos de trabalho conjunto, agora vamos começar a discutir com o Paraná sobre o painel da água ”, afirmou Aoyama.
Entre os projetos realizados em parceria, o monitoramento dos bancos naturais de ostras no litoral foi o que apresentou melhores resultados. Nesta quarta-feira (24), a comitiva irá visitar os cultivos de ostras e o litoral paranaense para constatar o aumento da produção desde o início da parceira. O trajeto inclui visita às baías de Paranaguá e Antonina, o Centro de Estudos do Mar de Paranaguá e o campus da PUC em Guaratuba.
Os técnicos japoneses também freqüentaram, durante os dez anos de parceria, todo o litoral do Estado, prestando consultoria e auxilio no monitoramento. “Agora vamos mostrar a eles os resultados alcançados graças a este trabalho, especialmente os bancos naturais de ostras e o Centro de Estudos do Mar, que dá suporte técnico para o monitoramento no nosso Estado”, destacou o técnico da Secretaria do Meio Ambiente, Paulo Roberto Castella.
Já o presidente do IAP, José Volnei Bisognin, acompanhou as reuniões da comitiva japonesa e as apresentações sobre o monitoramento. Ele explica que, entre os anos de 2000 a 2005, as ações foram mais teóricas para que o projeto se tornasse viável tanto para os brasileiros como para os japoneses. “Já a partir de 2005, o estado japonês passou a receber e capacitar técnicos do IAP e da Sema, além de professores de Paranaguá e do Centro de Estudos do Mar (CEM) da Universidade Federal do Paraná para a implantação prática do Plano de Monitoramento do Litoral do Paraná”, conta Volnei.
Ele esteve recentemente no Japão, participando da COP10, e falou sobre a importância dada ao meio ambiente pelos japoneses. “Os japoneses têm um grande cuidado com o meio ambiente e muitos projetos e ações que podem desenvolver o Paraná na área ambiental”, completou.