O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, recebeu nesta semana representantes da Associação Italiana de Ecologia Humana de Pádua, Itália, para a realização de um Ateliê de Planejamento. A proposta do ateliê foi discutir o planejamento participativo nos projetos implantados pela Cohapar em todo o Estado. “O planejamento participativo consiste na participação efetiva da comunidade local no projeto a ser implantado”, esclareceu Greca. O tema é decorrente da Conferência e Workshop ‘Planejamento Participativo da Paisagem e do Território’, organizado pela Cohapar e Caixa Econômica Federal, em Curitiba. Os participantes ainda realizaram um laboratório no Guarituba, em Piraquara, para avaliar os benefícios de adotar o planejamento participativo. Segundo o professor Gabriele Righetto, diretor da Associação, esta é a melhor forma de se fazer um projeto realmente eficiente. “A participação da comunidade a ser beneficiada com o projeto é fundamental. O seu envolvimento, desde a criação dos projetos, torna o resultado final mais democrático e eficaz”, explicou. Para Greca, as ideias dos professores da Associação Italiana de Ecologia Humana podem ser aplicadas em todos os projetos que a Companhia desenvolve. “Vamos procurar aplicar esse método não só no projeto em curso no Guarituba e nas outras vilas do PAC, em Colombo, Campo Magro e Pinhais, mas também aplicá-lo aos novos desenhos dos assentamentos urbanos da Região Metropolitana de Curitiba e do programa Minha Casa, Minha Vida”. Ainda segundo o presidente da Cohapar, o importante é provocar uma ligação da população com os novos espaços, de maneira que nada seja imposto. “Todo o processo deve ser construído junto com a população, e ainda há a ideia de conciliar os diferentes níveis de atividade econômica que existem hoje no mundo: a produção econômica agrícola, através de hortos sociais e espaços comunitários; parques que não tenham só a função de lazer, mas também de plantar verduras e florestas, com uso rotativo das árvores e técnicas de reflorestamento”, disse. Outra proposta da comitiva italiana é instalar praças eletrônicas para difundir a comunidade digitalizada. “É importante ter espaços onde se possa inspirar os mais jovens a se ligarem no mundo. Ter pontos com internet nas comunidades é de extrema importância para desenvolver as pessoas e a sociedade como um todo”, explicou Righetto. O presidente da Cohapar finalizou dizendo-se satisfeito com todas as ideias apresentadas pela comitiva italiana e que pretende utilizar os conceitos na implantação dos novos conjuntos da Cohapar. “Isso tudo são conceitos de grande humanismo, que vamos estudar e implantar como uma contribuição para um futuro melhor para os projetos da Companhia”, finalizou.