De janeiro a outubro o Paraná aumentou suas exportações em 21%, alcançando a cifra de US$ 357 milhões, em comparação com o mesmo período de 2007. Agora, o Estado quer ampliar a venda de produtos para a Itália, que é o décimo principal país importador. Ao lado do secretário estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, o deputado italiano Domenico Scilipoti conheceu, nesta semana, as potencialidades econômicas paranaenses.
Foram discutidas ações comuns para favorecer as atividades produtivas do Paraná e do país europeu. “As energias renováveis podem ser o primeiro passo concreto para a execução de rodadas de negócios, missões governamentais e empresariais”, afirmou Moreira Filho.
Em julho deste ano, o Paraná recebeu uma missão franco-americana para estreitar parcerias no setor. Empresários internacionais e paranaenses também firmaram os primeiros contatos para intercâmbios comerciais e alianças estratégicas comuns para o desenvolvimento sustentável. “A comitiva norte-americana da Pensilvânia e francesa de Rhône-Alpes deixaram o Estado com resultados acima do esperado e a Itália pode ser uma nova nação para transferência tecnológica no setor das energias renováveis”, adianta o secretário.
Para o parlamentar italiano, a região da Sicília seria a primeira a ser mobilizada para conhecer o Paraná. “Assim como o Paraná é visto como porta de entrada para o Mercosul, a Sicília é entrada para todo o Mediterrâneo e também ao continente africano”, explica.
FIAT – Entre os principais investimentos da Itália no Paraná está o investimento de R$ 250 milhões do Grupo Fiat no Estado, que comprou a fábrica da Tritec Motors, localizada em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. O objetivo da FPT, subsidiária do Grupo Fiat, é tornar a fábrica de Campo Largo a maior produtora de motores para veículos da América Latina.
A Tritec parou de funcionar em julho do ano passado e tinha sua produção destinada à exportação. O Grupo Fiat pretende reativar a produção de motores para o mercado externo, mas quer transformar a fábrica também numa produtora de motores para o mercado nacional. Os motores poderão ser feitos tanto para os modelos da Fiat como para outras montadoras. Serão criados cerca de 500 empregos diretos – cinco vezes mais que os 100 postos de trabalho que eram mantidos pela Tritec.
MISSÕES - Incrementar as exportações e as alianças estratégicas entre as pequenas e médias empresas paranaenses e estrangeiras é o foco da política estadual para o comércio exterior. As missões empresariais para os países do Mercosul, Europa e Ásia, além do Canadá e dos Estados Unidos, já reuniram mais de 500 empresas paranaenses – grande parte delas em sua primeira experiência internacional. Só com os nossos vizinhos, as empresas estaduais fizeram transações superiores a US$ 500 milhões.
Desde 2003, o Governo do Paraná já executou cerca de 40 missões internacionais – recebidas e enviadas – para vários blocos econômicos. Segundo a coordenadora de Assuntos Internacionais, Maria do Socorro de Oliveira, o Paraná vem galgando espaço internacional e já é referência em políticas públicas para a inclusão de pequenos empresários no comércio exterior. “Além disso, o Paraná firmou acordos com províncias, estados e departamentos internacionais no sentido de regionalizar ações governamentais. O resultado é visto com maior rapidez e geram desenvolvimento para ambas as regiões envolvidas”.
Começam contatos para ampliar relações comerciais com a Itália
Deputado italiano conheceu as potencialidades do Paraná e discutiu a ações com o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul
Publicação
28/11/2008 - 12:10
28/11/2008 - 12:10
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