As aulas de aperfeiçoamento dos agentes do Programa Estadual de Microcrédito – Banco Social começaram nesta segunda-feira (14). Durante a semana, técnicos das Secretarias do Trabalho e do Planejamento, em conjunto com a equipe da Agência de Fomento, treinam 123 funcionários, que atuarão em suas cidades a partir do dia 29. A maioria já exercia a função de agente de crédito e participa da reciclagem para conhecer as novas diretrizes do programa, que agora atenderá novos setores da economia em todo o Paraná.
“Os agentes de crédito, que depois do curso serão chamados de agentes de desenvolvimento, são a ponta mais importante do Banco Social. São eles que se relacionam com o público, ouvem os problemas, discutem soluções, buscam alternativas”, explica o diretor-geral da secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Fernando Peppes.
Com empréstimos de até R$ 25 mil e juros de 0,95% ao mês, o Banco Social vai impulsionar atividades industriais, agrícolas e nos setores de comércio e serviços. A missão dos funcionários é garantir que os recursos gerem emprego, renda e desenvolvam municípios e regiões respeitando as potencialidades econômicas locais. Para isso, todos recebem treinamento em análise de projetos e acompanhamento dos empreendedores parceiros.
Para a diretora de operações da Agência de Fomento do Paraná, Cristina Batistuti Stephanes, o trabalho dos agentes é o grande responsável pelo sucesso do programa, que entra agora em fase de expansão. “Temos taxa de inadimplência inferior a 1,80%. É um índice muito baixo e resultado da preocupação que temos em financiar projetos verdadeiramente positivos, com potencial transformador.”
Cristina reforça que não existe pressão política. “Há grande responsabilidade com o dinheiro emprestado e controle rigoroso, feito por meio dos conselhos de crédito. Por determinação do governador Roberto Requião, existe imensa preocupação com a transparência.”
COMITÊS – Grande parte das 123 cidades que recebem o programa ainda neste mês já estruturou os comitês municipais responsáveis pela homologação das propostas e também pela qualidade dos empréstimos concedidos. Nesta nova fase, os comitês são quadripartites, formados por representantes do poder público, empregadores, trabalhadores e da sociedade civil organizada, através dos conselhos do Fome Zero e de Assistência Social.
Podem solicitar os empréstimos, pessoas físicas e jurídicas que queiram iniciar ou aumentar um empreendimento. Serão três linhas de financiamento e carência máxima de três meses para a obtenção dos recursos. Quem está começando e precisa de capital de giro ou adquirir máquinas e equipamentos terá crédito entre R$ 300,00 e R$ 2 mil. Empresas com até seis meses de atividade podem emprestar até R$ 5 mil e aquelas formalizadas conseguem até R$ 10 mil. Associações e cooperativas terão empréstimos de até R$ 25 mil para ampliar os negócios.
CIDADES – No primeiro dia de curso, participaram os funcionários que vão atuar nas Agências do Trabalhador de Apucarana, Arapongas, Santa Terezinha do Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Mercedes, Cambé, Lupionópolis, Francisco Alves, Rio Bom, Sabáudia, Guaíra, Ivaté, Alto Paraiso, Ibiporã, São Jorge do Patrocínio, Perobal, Pérola, Guaraci, Tapira, Mariluz e Sengês. Na terça-feira (15), outros 25 municípios terão os agentes de desenvolvimento treinados.
Além das cinco turmas de aperfeiçoamento, em outubro e novembro serão realizados cursos de formação e 70 novos agentes vão participar. Ao todo, 193 cidades do Paraná disponibilizarão os empréstimos do Banco Social até o final do ano.
Começa treinamento dos agentes de desenvolvimento do Banco Social
São treinar funcionários de 123 cidades, que contarão com nova modalidade de financiamento a partir do fim do mês
Publicação
14/09/2009 - 12:50
14/09/2009 - 12:50
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