Comec trabalha pela tarifa única na Rede Integrada de Transporte

A partir desta terça-feira (02), a Comec volta a discutir com a Urbs o valor da tarifa de ônibus na Rede Integrada de Transporte
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01/03/2004 - 00:00
Editoria
A partir desta terça-feira (02), a Comec volta a discutir com a Urbs o valor da tarifa de ônibus na Rede Integrada de Transporte. Em uma reunião realizada nesta segunda-feira (01), a Comec concordou com as reivindicações de reposição salarial dos trabalhadores do Sindicato dos Motoristas e Cobradores das Empresas de Transporte de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), o que deve demandar um reajuste na tarifa praticada. “O Estado ratifica a sua posição favorável ao reajuste de 100% do INPC, além do plano de saúde para todos os trabalhadores dos sistema de transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana (RMC). Com isso, nós eliminamos a possibilidade de paralisação no sistema, o que viria a prejudicar não só a população curitibana, mas todos os usuários da RMC”, afirmou o presidente da Comec, Alcidino Bittencourt Pereira. Segundo ele, o principal objetivo da Comec é garantir a integração do transporte por meio de uma tarifa única. “Por ora, ocorre apenas uma desintegração tarifária. Mas, caso a prefeitura de Curitiba não aceite praticar uma tarifa única, corremos o risco de quebrar a integração, trazendo conseqüências nefastas para o usuário”, alertou. O presidente da Comec explicou que estava em negociação com a Urbs para definição de uma tarifa única. No entanto, foi pego de surpresa pelo anúncio do reajuste para R$ 1,70 em Curitiba. “Foi uma atitude intempestiva do prefeito. Estávamos negociando um valor para cobrir a reposição salarial dos motoristas e cobradores. Agora, dependemos da Urbs para manter a integração”, afirmou Alcidino. Caso ocorra o fim da integração, segundo a Comec os principais prejudicados serão os usuários da Região Metropolitana. No município de Campo Magro, por exemplo, cerca de 80% da população usa o transporte coletivo para trabalhar em outro município. A integração ocorre entre Curitiba e os 13 municípios da RMC desde 1996. Ao todo, são 13,5 mil motoristas e cobradores trabalhando na Rede Integrada de Transporte. Sem o reajuste, o salário médio do motorista era de R$ 800 e do cobrador, cerca de R$ 500. Caso não fosse fechado o acordo, a categoria iria iniciar uma paralisação. “Estamos satisfeitos. A proposta que nós já tínhamos feito anteriormente foi aceita, com a manutenção da carga horária de seis horas, o anuênio, a cesta básica e ainda conseguimos atendimento médico ambulatorial”, comemorou Denilson Pires, presidente do Sindimoc.