O Governo do Estado garante que o trabalhador não vai pagar a conta da indecisão do prefeito e do vice-prefeito de Curitiba com relação ao reajuste da tarifa do ônibus. “Há dúvidas quanto ao valor correto a ser cobrado e por isso temos que analisar a planilha de custos e buscar alternativas que possibilitem tarifas mais baixas, que não prejudiquem o usuário”, disse o secretário de Estado de Assuntos da Região Metropolitana, Edson Strapasson, depois de uma reunião nesta quarta-feira (11) com os prefeitos da Região Metropolitana de Curitiba, na Comec (Coordenadoria da Região Metropolitana).
Uma nova reunião foi marcada para esta quinta-feira (12) na Comec, desta vez com técnicos do governo e da Urbs, para discutir o reajuste da tarifa. “De qualquer forma, dependemos do envio das planilhas detalhadas de custos da Prefeitura de Curitiba para podermos avaliar com mais profundidade o que pode ser feito, o que pode ser racionalizado”, disse o secretário.
Strapasson lembra ainda que o que está em jogo não é o sistema integrado do transporte coletivo, que na opinião dele funciona com muita eficiência. “Estamos questionando o aumento da tarifa para R$ 1,90, pois vai onerar o bolso do trabalhador e provavelmente vai ocasionar uma diminuição do número de usuários do transporte coletivo e do lucro das empresas. Todo mundo sai perdendo”, afirmou.
O secretário esclarece ainda que a Comec não é a responsável pela autorização do reajuste da tarifa do transporte coletivo de Curitiba. Ele lembra que o órgão gerencia apenas 20% do sistema da Grande Curitiba. “Curitiba pode decidir sozinha pelo aumento, passando dos atuais R$1,65 para os R$ 1,90 pretendidos. Cabe à Comec referendar esse valor, ou seja, cabe ao Governo do Estado questionar, sugerir alternativas, mas a decisão final é da prefeitura”, esclareceu o secretário.