Combate ao câncer terá mais tecnologia

Recursos foram repassados pela Secretaria da Ciência e Tecnologia para renovação de equipamentos no Hospital Erasto Gaertner
Publicação
03/03/2004 - 00:00
O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Rizzi, assinou nesta quarta-feira (3) convênio repassando R$ 700 mil do Fundo Paraná para o desenvolvimento de dois programas do Instituto de Bioengenharia Erasto Gaertner (IBEG). Segundo o superintendente da Liga Paranaense de Combate ao Câncer, Luiz Antonio Negrão Dias, os recursos serão usados na renovação de equipamentos e materiais usados no tratamento de pacientes com câncer no Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba. Entre os equipamentos, estão reservatórios para quimioterapia e catéteres implantáveis que facilitam a aplicação do medicamento. “A meta é produzir esses reservatórios inclusive para exportação”, disse o superintendente. Também são parceiros no desenvolvimento dos equipamentos e materiais a UFPR, através do seu Departamento de Mecânica, e o Senai. “A área da saúde tem prioridade na aplicação dos recursos do Fundo Paraná”, disse o secretário Rizzi. “Em 2004, serão destinados R$ 10 milhões para a área”, informou ainda. Os recursos do Fundo Paraná são provenientes do ICMS (1%) e aplicados exclusivamente em Ciência e Tecnologia através da Unidade Gestora da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. “O governador Roberto Requião reconhece o importante trabalho que vem sendo feito pelo Hospital Erasto Gaertner”, acrescentou. Pacientes - Conforme ainda Negrão Dias, somente no Hospital Erasto Gaertner cerca de 400 pacientes com câncer precisam dos reservatórios para quimioterapia. No Brasil, eles chegam a 2000. “O Paraná já é referência nacional na fabricação de móveis para hospitais, por que não pode ser também na produção de equipamentos biomédicos?”, questiona. Hoje, diz o superintendente da Liga, entre 70 e 80% dos equipamentos e materiais usados no tratamento do câncer são dependentes de tecnologia importada. Outra dificuldade é o preço, que pode baixar bastante com a autosuficiência do setor. “Os catéteres que produzimos são bem mais baratos em relação ao importado, um quarto em média. Por isso, vamos atrás do nosso sonho, que é tornar o IBEG autosuficiente”.