Colocação de pessoas com deficiência cresce 20,2% no Paraná

O Estado registra inserção recorde de 213 pessoas com deficiência no mercado de trabalho em setembro
Publicação
11/10/2006 - 17:50
Editoria
De janeiro a agosto de 2006, a Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social colocou 213 pessoas com deficiência no mercado formal de trabalho durante o mês de setembro. Em comparação com setembro do ano passado, o número representa 20,2% a mais. “Nos oito meses deste ano, 1,5 mil pessoas com deficiência conseguiram emprego com carteira assinada por meio do Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência (PPD), disponível em todas as Agências do Trabalhador do Paraná. Só no mês de setembro registramos uma colocação recorde de 213 pessoas, número inédito na história do programa, em todo o Brasil”, destaca o secretário Emerson Nerone. Ele comenta que os números positivos obtidos pelo Programa são resultado de um trabalho de sensibilização dos empresários quanto ao cumprimento da lei de cotas (Decreto n.º 3.298 de 1999) que estabelece a reserva de postos de trabalho para deficientes nas empresas com mais de 100 funcionários. Essa reserva é de 2% do quadro em empresas com 100 a 200 empregados, de 3% em empresas com 201 a 500 empregados, de 3% nas instituições com 501 a 1.000 funcionários e 4% naquelas com mais de 1.000 empregados. “Além da lei de cotas, boa parte dos colocados pelo Programa entram no mercado de trabalho graças a parcerias firmadas pela Secretaria com empresas e entidades para a qualificação profissional de pessoas com deficiência”, afirma o coordenador estadual do PPD, Simão Stczaukoski. Sandro Vieira, 27 anos, é cobrador de ônibus e aposta no curso técnico em Mecânica Básica Industrial do Senai, patrocinado pela Bosch, com o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba – Sindimetal e da Secretaria, para melhorar de vida. “Moro com meus pais e ajudo em casa com cerca de R$ 640,00. Tenho o ensino médio completo e estou fazendo o curso para melhorar minha formação e meu ganho”, explica Sandro. Seu colega de turma, Luís Carlos Estalk, 42 anos, está sem trabalho há dois meses. “Moro com a minha mãe e nos sustentamos no momento com os dois salários mínimos que ela ganha”, relata. Luís pretende arranjar um emprego assim que terminar o curso e ajudar nas despesas de casa. A parceria da qual Sandro e Luís estão participando, entre a Bosch, o Senai, o Sindimetal e a Secretaria, já formaram três turmas desde 2003, cerca de 70 pessoas com deficiência. A turma dos dois é a segunda deste ano e tem 18 alunos. “O custo do curso por aluno é de R$ 260,00. A Bosh está fornecendo o vale-transporte e o Senai o lanche. A Secretaria contribui com a seleção de candidatos e com o encaminhamento dos mesmos ao mercado de trabalho, com o auxílio do Sindimetal”, explica o secretário. Como acessar o programa – Os trabalhadores do Paraná podem procurar a Agência do Trabalhador da cidade, munidos de documentos pessoais, certificados de cursos, carteira de trabalho e um laudo médico que comprove a deficiência. Depois de cadastrado, o trabalhador será informado das vagas que existem disponíveis na Agência do Trabalhador que seja compatível com as suas habilidades. Para oferecer uma vaga, as empresas podem ligar para a Agência do Trabalhador e falar com o responsável pelo Programa. Será feito o cadastro da empresa e das vagas disponíveis. Em Curitiba, a Agência do Trabalhador do centro fica na Rua Pedro Ivo, 744. O telefone é (41) 3883-2200. Mais informações podem ser encontradas na página www.setp.pr.gov.br.