As pessoas que sofreram algum tipo de perseguição e quiserem contribuir com o projeto “Depoimentos para a história”, lançado nesta sexta-feira (30), em Curitiba, pelo Arquivo Público do Paraná e pelo Grupo Tortura Nunca Mais, poderão gravar seus depoimentos nos dias 25, 26 e 27 de junho. É quando será realizado o evento “Anistia e democracia – o direito à memória e à verdade” – um conjunto de palestras e debates que ocorrerá também na capital paranaense, em local a ser definido. Poderão prestar depoimentos todos aqueles que tiveram alguma participação na luta contra a ditadura militar, sobretudo se foram presos, torturados ou exilados. Além de gravado, o depoimento será, posteriormente, transcrito. O material vai compor o acervo da extinta Delegacia de Ordem Política e Social do Paraná, hoje sob custódia do Arquivo Público. “O objetivo é colocar todo esse material à disposição de pesquisadores, da população em geral, e utilizá-lo também para a produção de documentários, livros, revistas, enfim, subsidiar trabalhos sobre o assunto”, explica a diretora do Arquivo, Daysi Lúcia Ramos de Andrade. Aqueles que não puderem gravar nos dias do evento da anistia poderão procurar depois o Arquivo Público e o Grupo Tortura Nunca Mais. O endereço do Arquivo é Rua dos Funcionários, 1796, no Cabral (telefone 41-3352-2299). O Grupo Tortura Nunca Mais fica no Edifício ASA (Rua Voluntários da Pátria, 475, 19º andar, conjunto 1907, Centro). O telefone de lá é o 41-3079-1658.