O presidente da Cohapar, Rafael Greca, decidiu ampliar os programas de habitação popular no Paraná que terão como foco principal de atuação as regiões de baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). “Eu fico muito satisfeito com o trabalho até agora realizado. Mas sei que há muito mais por ser feito porque o governador Requião me determinou uma ação muito forte de desenvolvimento humano”, disse Greca aos 13 gerentes regionais que participaram da primeira reunião de trabalho nesta segunda-feira (12) em Curitiba. Greca adiantou que todos os 399 municípios paranaenses integrarão os projetos que a Cohapar estará desenvolvendo, mas destacou que as grandes cidades e as regiões deprimidas – Vale do Ivaí, Noroeste, Vale do Ribeira - terão uma atenção especial nos próximos quatro anos. “Eu encontro uma região metropolitana de Curitiba com 800 áreas de ocupações irregulares e somente na cidade de Curitiba são 233 áreas que precisam de uma ação efetiva em favor da moradia e do resgate social”, disse. “Encontro em todas as regiões do Paraná áreas onde o povo precisa do apoio do governo. Isso pode ser feito através de atuais programas, de novos programas, ou através, por exemplo, das chamadas casas de caução. São as casas onde a Caixa Econômica Federal entra por perto de R$ 12 mil gratuitos, sem necessidade de pagamento ou de contrapartida. Isso nos permite atender os muito pobres de maneira mais rápida”, completou. A atuação vai se intensificar com maior ênfase, segundo Greca, juntos aos trabalhadores rurais, bóias-frias, diaristas, catadores de papel, ambulantes e a outras categorias de trabalhadores sem carteira assinada. “Esse é um governo da promoção humana e do desenvolvimento social. E é nesse sentindo que a Cohapar será o mais ágil, o mais eficiente e o mais empenhado instrumento desse governo”, afirmou. Entre os novos programas que pretende implantar Greca disse que já determinou o estudo de quatro deles. Um em parceria com as empresas interessadas na responsabilidade social, outro junto com as universidades, um terceiro para os policiais civis e militares e o quarto junto às cidades com vazios urbanos e prédios abandonados. “Eu tenho vontade de fazer por aluguel social um programa de moradia para estudantes nos campi das universidades e nas áreas centrais das grandes cidades nos prédios abandonados. Tenho vontade de fazer um programa de parceria com as grandes empresas para construir moradias para os trabalhadores, para os operários que pagam aluguel”, adiantou Greca A Cohapar também vai atuar junto às pessoas que moram em áreas de risco, de inundação, em encostas. “Vamos ter o máximo de projetos possíveis em todas as regiões do Paraná, mas cuidando principalmente dessas pessoas que mais necessitam do governo”, disse. Na lista de prioridades adiantadas por Greca aos gerentes regionais está a construção de 50 casas em Catanduvas para agentes penitenciários e a construção de outras 86 casas para as famílias que ocupam atualmente a área que será integrada ao Parque Ambiental Aníbal Khury, na cidade de Almirante Tamandaré. No encontro que durou mais de cinco horas cada gerente de escritório regional fez uma explanação das obras concluídas e em fase de construção dos municípios que integram a sua área de atuação. “Essa reunião teve um aspecto interessante e positivo porque se preocupou em criar um novo relacionamento ente os escritórios e a nova diretoria, deixando transparecer que haverá uma oxigenação nos programas habitacionais, cujas ações devem ser voltadas às populações mais carentes”, avaliou o gerente do escritório de Apucarana, Petrônio Cardoso. A regional de Apucarana reúne 27 municípios do Norte do Paraná e desde o primeiro governo de Requião já concluiu 5,2 mil casas. “Entre 2003 e 2006, período do segundo mandato do governador Requião, entregamos 1.238 unidades habitacionais e estão em construção outras 1.266”, informa. A gerente do escritório de Cascavel, Maria Iolete de Moura, disse que dos 21.441 mutuários existentes nos 50 municípios de sua abrangência, 70% são dos dois governos de Requião. De acordo com a gerente, a Cohapar possui 389 empreendimentos em todos a sua região e trabalho. “Além disso, estão em andamento outras 1.240 moradias de 24 conjuntos distribuídos em 17 cidades”, afirma. Em Campo Mourão, o escritório da Cohapar atende 27 cidades. O gerente Paulo Roberto Sovinski explicou que na região foram construídas 360 unidades habitacionais. “Estão em obras mais 970 moradias em 22 municípios e aguardando liberação para construção mais 1.473 casas”. O escritório regional de Curitiba que atende a 36 municípios contempla todos os programas habitacionais da Cohapar. Segundo a gernte Rosana dos Santos, a maior dificuldade enfrentada foi a construção das doze unidades do programa Casa da Família Indígena na Ilha de Cotinga, litoral do estado. “ o transporte do material teve que ser feito de barco. Foi uma operação muito difícil, mas valeu a pena porque os índios daquela localidade viviam em condições de extrema precariedade”. Outro empreendimento importante da regional Curitiba foi na Fazenda Rio Grande, onde 221 casas foram construídas para atender famílias de baixa renda. O escritório de Curitiba também está iniciando a construção de moradias em Balsa Nova e Almirante Tamandaré. Além disso, em parceria com o Provopar, foram realizadas obras e reparos no Asilo São Vicente de Paula e na Comunidade Hermon, no município de Colombo. Em Guarapuava, o gerente Adão Luiz Hofstaetter, explicou que sua regional atende 31 municípios da região. Entre os anos de 2003 e 2006 foram concluídas 1.179 moradias. “Só do programa Casa da Família Indígena foram construídas 217 unidades. Também estão em andamento mais 129 moradias indígenas”, destacou Adão. O gerente Douglas Carneiro Oliveira, de Maringá destacou as obras concluídas no período de 2003 e 2006. “Foram 339 unidades construídas e estão em andamento outras 694. Entre as obras e projetos que estão em fase de contratação haverá mais 1.531 unidades que serão construídas”, relatou. O escritório de Maringá atende 33 municípios. Em Paranavaí já foram concluídas 453 moradias. O escritório que atende 24 municípios da região tem em construção outras 546 casas. De acordo com a gerente Ana Maria Dantas, entre as obras concluídas e as que estão em fase de contratação somam mais de 3.400 moradias. O gerente Rubens Bocchi Maia de União da Vitória explicou que sua região é composta de 14 cidades. “Neste período de 2003 e 2006 tivemos 216 unidades em construção, com entrega prevista para o mês de março. Além disso estamos em fase de projeto com outras 229 moradias”.