Cohapar vai adotar o aquecedor solar ecológico em suas construções

Sistema desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente será usado pela primeira vez na Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo
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03/04/2007 - 18:10
Editoria
A Companhia de Habitação do Paraná vai adotar o sistema ecológico de aquecedor solar feito de embalagens longa-vida e garrafas PET usadas. O anúncio foi feito pelo presidente da Companhia, Rafael Greca, após a apresentação do sistema, realizada pelo secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. “Nós vamos acolher nos empreendimentos da Cohapar a idéia dos aquecedores solares feitos de materiais recicláveis, assim como todas as idéias que poupem água e energia e que busquem o desperdício zero”, disse. “Vamos começar na Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo”, completou. A proposta do sistema, que integra o programa Desperdício Zero, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente, é proteger a natureza e proporcionar conforto às famílias carentes. “Além de dar um destino a embalagens que certamente poluiriam a natureza, vamos possibilitar o uso de água quente às famílias de baixa renda”, destacou o secretário Rasca Rodrigues. “O sistema é o mesmo dos aquecedores solares produzidos industrialmente, conhecidos tecnicamente de termo-sifão. A diferença está no material utilizado”, explicou Rasca. De acordo com Rafael Greca, a implantação do sistema trará benefícios sociais, ambientais e econômicos. “Esse sistema, que terá custo de R$ 100 por unidade, vai melhorar a economia familiar, já que haverá redução no consumo de eletricidade. Um aquecedor solar de uma casa eqüivale ao 14º ou 15º salário para famílias que vivem de um salário mínimo”, disse o presidente da Cohapar. Reciclagem - De cada 100 garrafas PET vendidas no Paraná, somente 15 são recicladas, o que significa que 85 garrafas são jogadas no meio ambiente. O consumo de embalagens longa-vida chega a 400 milhões de unidades por ano, das quais 240 milhões são lançadas no meio ambiente. “As famílias que adotarem o sistema, estarão ajudando a economizar energia, a manter limpo o meio ambiente e a eliminar a PET do aterro sanitário. Plástico não acaba, dura para sempre, então que dure na forma de aquecedores solares, fazendo a população economizar energia”, afirmou Greca. Durante a reunião foram apresentados o DVD e o manual com informações sobre o aquecedor e as oficinas de confecção, realizadas em todo o Paraná, para montagem do aquecedor solar feito à base de materiais recicláveis. O aquecedor solar também representa alternativa de trabalho e geração de renda para associações de coletores. Para a montagem do aquecedor solar com capacidade para esquentar a água para banho de quatro pessoas são utilizadas 200 embalagens longa-vida e 200 garrafas PET. Funcionamento - As garrafas PET, embalagens longa-vida e canos de PVC são utilizados para confeccionar o painel que serve para aquecer a água. As embalagens recortadas e os canos são pintados de preto para absorver a energia solar e transformá-la em calor. As garrafas envolvem os canos por onde passa a água e mantém o calor através de efeito estufa. A água sai da caixa d’água em temperatura ambiente, passa lentamente pelo sistema, eleva a sua temperatura e volta para a caixa. Após seis horas, em média, nesse ciclo constante a água pode chegar a uma temperatura de até 38º Celsius no inverno ou 50º no verão. Com o uso do aquecedor é possível economizar até 120 quilowatts de energia elétrica por mês para esquentar água utilizada em dois banheiros. O manual para montagem de aquecedor solar com materiais recicláveis está disponível no site da Secretaria do Meio Ambiente (www.pr.gov.br/meioambiente).

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