O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, entregou nesta quarta e quinta-feira (5 e 6), as chaves de 236 casas construídas no Sudoeste do Estado, com investimentos que ultrapassam R$ 3,6 milhões. As novas moradias, que estão distribuídas em quatro municípios, beneficiam famílias com renda mensal entre um e cinco salários mínimos. “As novas habitações devem atender perto de 964 pessoas, dentro da política do governador Roberto Requião que determina o atendimento prioritário aos mais pobres”, destaca Rafael Greca.
Na quarta-feira (5), Greca esteve em Missal, onde entregou 86 chaves do Conjunto Residencial Missal. O empreendimento recebeu investimentos de mais de R$ 1,5 milhão. Depois, em Matelândia, outras 51 chaves foram entregues aos mutuários do Residencial Matelândia, onde foram investidos perto de R$ 950 mil.
Durante as solenidades de entrega das chaves, com a presença das famílias que vão morar nos conjuntos, o presidente da Cohapar salientou sua satisfação em poder proporcionar momento tão importante na vida de cada mutuários. “Essas moradias são o novo lar de vocês. Essas são as Casas da Família forte, honrada, trabalhadora, brasileira e abençoada. Desejo que sejam felizes nelas”, disse.
No distrito Agrocafeeira, em Matelândia, o Residencial Matelândia passou a se chamar Moradias São José. A alteração foi feita por sugestão de Greca, durante a visita que fez às obras, em 19 de março deste ano, dia dedicado a São José, considerado protetor da família pela Igreja Católica.
ESFORÇO – Rafael Greca disse que a construção das moradias só está sendo possível graças ao esforço do governador Roberto Requião, que desde o início disse que faria um governo voltado aos mais pobres. “O governador deixou de fazer propaganda de seu governo, para que cada centavo do dinheiro público fosse investido em obras para a população. E o resultado está em obras como esta”, afirmou Greca.
O prefeito de Missal, Plínio Stuane, destacou a importância das parcerias com o governo do Estado e Federal. “As obras que estamos realizando no município só estão sendo possíveis graças a esse trabalho e essa união entre os Poderes Executivos. Hoje, concretizamos o sonho de muitas famílias, e a semana da Pátria é um bom momento para se comemorar a cidadania”, disse.
Em Matelândia, o prefeito Edson Primon, presidente da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná, disse que está otimista, apesar de o déficit habitacional ainda ser grande. “Já conseguimos outras áreas para a construção de mais casas e temos a certeza de que isso será uma realidade em breve, porque temos um governo dedicado às causas sociais”, afirmou .
Nesta quinta-feira (6), o presidente da Cohapar, participou da entrega das chaves de 53 unidades habitacionais no Residencial Ampére, na cidade de mesmo nome. O conjunto recebeu recursos de R$ 633 mil. No final da tarde, Greca entregou as chaves do empreendimento Moradias Araxá, em Realeza, com 46 casas da modalidade caução.
NOVOS MUTUÁRIOS – A diarista Vanete Weiss, 35 anos, foi a primeira sorteada entre as 86 pessoas que se tornariam mutuários do conjunto residencial Missal. Casada com Orasmim Santos Lopes, 46, servidor público municipal, com quem tem cinco filhos, mora em uma velha casa de madeira, onde o aluguel custa R$ 130,00. “Quando ouvi meu nome, fiquei tão perturbada que demorou para cair a ficha que era eu mesma”, lembrou.
Vanete conta que escolheu a casa de 40 metros quadrados e que acompanhou todo o processo de construção das moradias. “Vinha todos os domingos para acompanhar as obras da minha casa. Quando soube que as chaves iam ser entregues, fiquei duas noites sem dormir por causa da ansiedade”, contou. “Estou realizando o grande sonho da minha vida, o sonho que sempre tive. Estou tão ansiosa que quero mudar já. É só pegar a chave”, disse.
Em Matelândia, onde o conjunto residencial passou a se chamar Moradias São José, o representante da Associação de Moradores, José Henrique Rohling, 26 anos, falou sobre a emoção em receber a chave da nova casa, onde vai morar com a esposa, Graziela Boaro Rohling, 25, e os dois filhos. “Foi muita emoção receber as chaves da casa, porque desde que casamos, pagamos aluguel, mas é um dinheiro sem retorno”, comentou. “Se não fosse por este programa do governo do Estado, jamais teríamos condições de ter nossa casa própria”.
Moradores da cidade de Amperé, Terezinha Rossatto Brum, 54 anos, e o marido, Juvenil Brum, vão morar com quatro dos sete filhos. O casal, que trabalhou muitos anos na lavoura, teve que abandonar o campo por causa de do problema de saúde que fez com que Juvenil fosse aposentado por invalidez. “Nossa vida mudou muito depois disso. Na cidade tudo é muito difícil”, desabafou Terezinha.
Mesmo sendo contemplados pelos benefícios sociais dos programas do governo do Estado, como a Tarifa Social da Sanepar e o Luz Fraterna, da Copel, o aluguel mensal de R$ 60,00 na pequena casa de duas peças pesava no orçamento. “Temos uma vida difícil, mas agora parece que as coisas vão melhorar. Sempre tive esperança de ter uma casa de verdade e entendo que este governo é o melhor e realmente olha pelos mais pobres. Sou testemunha disso e nunca vou esquecer tudo que ele tem feito. Graças a este governo, temos essa oportunidade de realizar nosso sonho e viver com mais conforto e segurança”, disse Terezinha. Ela não escondia a ansiedade por mudar para a nova moradia, onde as prestações serão de R$ 38,00, por um período de seis anos.
CIDADANIA – No município de Realeza, das 46 unidades construídas no Residencial Araxá, no bairro Primavera, 21 serão destinadas às famílias que vivem em situação de miséria e risco em uma ocupação irregular na entrada da pedreira da cidade. Vivendo em situação precária há nove anos, Santina Venâncio, 50 anos, conta que cria o neto de dois anos com R$ 50,00 que recebe do programa Bolsa Família, do Governo Federal, e meia cesta básica doada pela Prefeitura. “Mesmo proibida de fazer esforço, fui catar lixo reciclável para juntar dinheiro e paguei a primeira prestação, de um pouco mais de R$ 30,00. Esta semana, me senti dona da minha casa. Não vejo a hora de mudar e já plantei grama e fiz um canteiro na casa nova”.
Emocionada e com o rosto molhado pelas lágrimas, Santina falou sobre a expectativa da mudança. “Devo essa nova vida ao governador Roberto Requião. Quando não tinha mais esperança, vi que Deus existe, porque nos trouxe um homem que pensa de verdade nos mais pobres. Até meu sono vai melhorar, porque sei que vou dormir num lugar seguro e com comodidade. Aqui, cada vez que chove a gente fica com muito medo da casa não agüentar”.
Leodir da Cruz de Góes, 25, e a esposa Carmelinda Mendonça, 20, têm um filho de quatro anos e esperam a chegada de mais um, morando em um barraco de apenas uma peça. O sustento da família é feito com a renda de Leodir, que trabalha como agente ambiental, recolhendo lixo reciclável. “Não tenho salário fixo. Às vezes recebo até R$ 150,00, mas este mês fiquei doente e recebi só R$ 50,00”, comentou.
A esposa do agente ambiental não escondia a felicidade ao falar sobre a nova moradia. “Parece mentira que vamos mudar daqui”, entusiasmou-se. “Já plantamos grama e flores na nova casa. Agora sim, vamos ter uma casa de verdade. Vamos começar outra etapa da nossa vida e esquecer tudo que já sofremos aqui”, disse Carmelinda, em referência à situação que passaram durante a última chuva, quando tiveram que pedir ajuda aos vizinhos para evitar que o barraco caísse. “Agora isso não vai mais acontecer.”
CAUÇÃO E HIPOTECA - A modalidade caução permite que famílias com renda entre um e dois salários possam ter sua moradia. As casas possuem subsídios dos governos Federal e Estadual e são pagas em prestações que não ultrapassam 12,5% da renda familiar, em seis anos, o que equivale a 72 parcelas. Todas as unidades são construídas em alvenaria, possuem 40 metros quadrados, dois quartos, sala, cozinha com pia, banheiro com chuveiro instalado, uma pequena varanda, uma área de serviço com tanque.
A modalidade de hipoteca é um sistema totalmente financiado pela Caixa Econômica Federal, que permite a aquisição da casa própria para famílias com renda que variam entre três e cinco salários mínimos e não ultrapassam 20% da renda familiar. São casas que vão de 44 a 63 metros quadrados, com dois ou três quartos, sala, cozinha, banheiro, varanda e área de serviço. Os mutuários podem pagar em parcelas que vão de 18 a 20 anos.
PARCERIA - Em qualquer das modalidades, os empreendimentos são realizados em parcerias que envolvem a Caixa Econômica Federal, responsável pelos recursos, as prefeituras que realizam a infra-estrutura e a doação das áreas, e o governo do Estado, através da Cohapar que fica com o controle das construções.
Ainda na quinta feira, o presidente da Cohapar, Rafael Greca, participou de reunião com os prefeitos e lideranças políticas da Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (AMSOP), onde fez a apresentação dos programas que estão sendo desenvolvidos pela companhia.