A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) participou nesta quinta-feira (31) de um seminário sobre saneamento básico e habitação de interesse social, promovido pela Comissão de Urbanismo e Obras Públicas da Câmara Municipal de Curitiba. O encontro teve o objetivo de debater propostas de metas para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. “Nós temos que construir uma grande somatória de responsabilidades sociais. Isto implica na participação do Governo Federal, Estadual e prefeituras e movimentos sociais de todo o Paraná”, diz o presidente da Companhia, Rafael Greca.
As propostas da Companhia de Habitação do Paraná foram apresentas pela engenheira Jocely Maria Thomazoni Loyola. Segundo ela, o objetivo da Companhia é atender todas as cidades, dando ao Paraná investimentos não apenas em habitação, mas também em cidadania. “A Cohapar está propondo ações estruturantes contra a exclusão social, pela habitabilidade e pelo direito de morar, dentro do feliz momento do PAC proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à nação”, afirma.
“Não basta a construção de novas casas. É preciso atuar neutralizando a dívida social de décadas, que propiciou a edificação de ocupações sub-normais à margem dos critérios mínimos da urbanização esperada para uma vida digna”, diz Jocely Loyola. Ainda segundo a engenheira, outra importante proposta da Cohapar é realocar o mínimo, reequilibrando as relações entre homem e meio ambiente.
“Queremos preservar os rios, regularizar a posse da terra, o acesso à moradia, a redistribuição da renda através da oportunidade de empregos”, enfatiza a engenheira da Cohapar. “Para isso, precisamos da união de todos nesta luta para atender os anseios da população do Estado, seja na capital ou no interior”, disse.
Segundo a presidente do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Hilma de Lourdes Santos, os governos federal e estadual têm aberto espaço para que os movimentos sociais possam debater problemas e soluções de habitação no Brasil e no Paraná. “A nossa luta é por uma política pública de inclusão social permanente”, afirma. O objetivo do Movimento, de acordo com Hilma Santos, é somar seus esforços aos dos governantes. “Onde é possível, iremos atuar. No Paraná, isso só foi possível neste governo, que nos atendeu prontamente assim que apresentamos um projeto de parceria”, explicou.
“O Movimento Nacional de Luta pela Moradia já atua em parceria com a Cohapar e com o Ministério das Cidades no conjunto habitacional Sanga Funda, em Cascavel. Esse tipo de ação conjunta só é possível quando as prefeituras participam e doam terrenos para que a Cohapar atue”, afirma Hilma. “Espero que estes projetos sejam aprovados. Estamos satisfeitos com o que foi apresentado pela Cohapar, afinal há pelo menos 20 anos estamos lutando para isso”, ressalta Hilma Santos.
A liderança da Cohapar é reconhecida nos movimentos sociais. Um exemplo disto é manifestação realizada no dia 3 de março de 2007 pelos moradores da Vila Formosa, em Curitiba, com a participação de mais de 500 pessoas, durante a qual a maioria elegeu a Cohapar para realizar o processo de Regularização Fundiária da área. O argumento defendido pelos participantes foi o de que a Companhia está realizando processos semelhantes com muitas vantagens para todos. O exemplo citado no encontro foi a da Regularização Fundiária realizada na Vila Leão, no bairro Novo Mundo, onde cerca de 3 mil famílias foram beneficiadas com a regularização de lotes, drenagem, a pavimentação de várias ruas e toda a infraestrutura necessária.