Cohapar participa do lançamento do comitê da Campanha Nacional pela Moradia Digna

O objetivo do Comitê é reunir assinaturas populares que garantam a aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional que destine 2% da arrecadação federal e 1% da arrecadação dos Estados e Municípios aos Fundos de Habitação de Interesse Social
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11/08/2008 - 18:40
Editoria
O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Rafael Greca, participou nesta segunda-feira (11) da instalação do Comitê Estadual da Campanha Nacional Pela Moradia Digna, empreendida pela Associação Brasileira de Cohabs (ABC) e diversas entidades da Sociedade Civil. O objetivo do Comitê é reunir assinaturas populares que garantam, junto ao Congresso Nacional, a aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que destine, no mínimo, 2% da arrecadação federal e 1% da arrecadação dos Estados e Municípios aos Fundos de Habitação de Interesse Social. “A criação dos comitês de mobilização por uma emenda constitucional que assegure um percentual mínimo orçamentário para políticas habitacionais é oportuna porque percebemos que o que não se faz não existe. Se não fizermos um esforço muito grande no sentido de evitar a favelização das cidades, ficaremos sempre prisioneiros dessa realidade social adversa que gera criminalidade, desagrega as famílias, favorece o narcotráfico, enfim, torna pior a vida das pessoas”, avaliou Rafael Greca. “É muito importante os governos começarem a perceber que o investimento de casas populares dignas é também uma economia em educação, em saúde e, sobremaneira, em construção de penitenciárias”, enfatizou o presidente da Cohapar. Para que a proposição possa ser apresentada ao Congresso Nacional é necessário o recolhimento de 1,5 milhão de assinaturas em todo o País. “É um projeto possível desde que tenha o apoio da grande maioria da sociedade. E este projeto já tem um mérito, enquanto ele se está construindo ele também constrói a mentalidade das pessoas para a causa da moradia digna”, afirmou Rafael Greca. O vice-presidente de área técnica do Sinduscon-PR, Euclésio Manoel Finatti, afirmou que a Campanha é aberta a todos os atores da sociedade que queiram contribuir para a difusão da questão da habitação de interesse social. “Este é o pontapé inicial. O movimento é absolutamente aberto, é nacional, e é necessário para que seja desenvolvido um plano de País e não de governo, já que não se pode erradicar a questão da moradia em 15 anos sem que esse projeto seja de país”, disse. “Precisamos de um projeto a longo prazo, pensar o Brasil em termos sérios, dinâmicos para que possamos exterminar a falta de moradia digna”, afirmou. A presidente do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Hilma Lourdes Santos, afirmou que o projeto de Emenda Constitucional vai ao encontro de uma demanda da sociedade civil. “Isto é uma solicitação da sociedade civil organizada como um todo e com a instalação do Comitê vamos reforçar o recolhimento das assinaturas, além de fazer com que a população comece a pensar o que é de fato uma moradia digna e o que deve ser feito para que a habitação de interesse social aconteça de fato, para que se torne concreto”, afirmou.

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